"Sem medo da verdade."

segunda-feira, 30 de março de 2009

"DEDA NÃO PODE INTIMIDAR MILITARES", ACENTUA VENÂNCIO

O líder da bancada de oposição na Assembléia Legislativa, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), ocupou a tribuna na tarde de hoje (30) para condenar o que ele entende por "pressão" que o governador do Estado, Marcelo Déda (PT), estaria impondo aos policiais militares de Sergipe. De acordo com o parlamentar, o petista foi "o maior incentivador de greves no Estado" e, atualmente, quer intimidar a categoria.
Ao iniciar seu pronunciamento, Venâncio se recordou do final do governo de João Alves Filho (DEM), em 2006, quando ocupou a tribuna da AL e os policiais militares ouviram seu pronunciamento de costas para o plenário. O deputado disse que trazia informações a respeito de uma solicitação feita pelos policiais militares ao então governador, cuja negociação ele afirmou não ter tido sucesso. "O tempo é o senhor da razão. Hoje eu falo de frente para todos os militares, olhando nos olhos de cada um, porque eu falo a verdade. Eu prefiro ser vaiado falando a verdade, a ser aplaudido espalhando mentiras e vendendo ilusões".
Em seguida, Venâncio disse que "a polícia militar quer do governo das mudanças, que tem um bom discurso, o mesmo tratamento que foi dado a polícia civil. A PM, assim como os bombeiros e os agentes penitenciários, também compõem o sistema de segurança e não pode ser discriminada. João Alves Filho errou muito, inclusive com a PM, mas foi punido com a derrota. Mas Marcelo Deda foi eleito prometendo mudar Sergipe e, até agora, não disse para que veio. Nesse governo se você precisa ir para uma escola o professor está em greve; se você quer ir a um hospital, médicos e enfermeiros paralisaram suas atividades; se você busca o transporte urbano, motoristas e cobradores de ônibus estão em greve; e agora a gente corre o risco até de não ter segurança nas ruas. E o governador ainda quer intimidar os militares e os demais servidores com arrogância e prepotência?", questionou.
Venâncio, daí em diante, não poupou mais o governador petista. "Marcelo Déda foi quem mais incentivou e quem fez mais greve em Sergipe. Hoje ele está sentado na cadeira de governador fruto desses movimentos. Hoje greve é motim! E quem fizer, já sabe: bota-se para fora! Nós vivemos em uma democracia ou em uma ditadura? Não venha com intimidação governador. Eu fui líder do governo passado, enfrentei vários deputados aqui no plenário no debate, e agora Déda quer asfixiar os movimentos sociais? Os professores voltaram para as salas de aula decepcionados, envergonhados e humilhados por um governo que eles sempre sonharam", provocou.
"E quanto ao reajuste não me venha, governador, com a desculpa que caiu a arrecadação. Até porque neste Estado pode faltar dinheiro para tudo, mas não falta para festa. Ou será que Marcelo Déda só quer esvaziar os cofres em 2010, que é um ano eleitoral? Se o governo quer folga para pagar um bom reajuste aos servidores que ele diminua os cargos de comissão do Estado, que diminua os conselhos dos marajás do PT que recebem R$ 3 mil por uma reunião mensal, que acabe com os secretários adjuntos que não fazem nada em sua maioria e são meros cabos eleitorais, e que pare de gastar tanto dinheiro em festas", sugeriu o líder da oposição.
Por fim, Venâncio cobrou dizendo que "espero que o nosso requerimento aprovado nessa Casa, convidando os militares para que eles possam expor a realidade de trabalho aqui em plenário tenha uma atenção da Mesa Diretora. Nós temos que discutir esta situação e espero que seja formada, de forma urgente, a Comissão de Segurança Pública. E que o governador receba a PM".

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