Na contabilidade mais adversa, o PMDB sairia do tapetão do TSE com um governador a mais. De sete Estados, passaria a controlar oito.
O PSDB, que emergira das urnas de 2006 como segunda legenda no ranking de governadores, deve cair de seis para quatro se perder, depois da Paraíba, Roraima. Pode subir para cinco se Siqueira Campos levar o Tocantins.
O PT, que elegera cinco governadores, pode perder Sergipe. O petista Marcelo Deda flerta com a guilhotina do TSE. Descendo a lâmina, vai ao posto João Alves, do DEM.
De resto, outros dois governadores completam a lista de eleitos levados às barras da Justiça Eleitoral.
O primeiro é o do Amapá, Walder Góes (PDT). No primeiro estágio, sujeito a confimação no TSE, o TRE amapaense decidira pela convocação de nova eleição.
O outro é o de Rondônia, Ivo Cassol (ex-PPS, hoje sem partido). Ali, a segunda colocada no pleito de 2006 foi Fátima Cleide (PT).
Devagarinho, o TSE vai redesenhando o mapa eleitoral ditado pelos eleitores. Algo a ser comemorado e lamentado ao mesmo tempo.
O que justifica os fogos é a impressão, cada vez mais sólida, de que a impunidade vai deixando de ser uma regra na seara eleitoral.
A justificar os lamentos, o fato de que, como em outras áreas, também no ramo eleitoral do Judiciário prevalece o flagelo da lentidão.
Na prática, o TSE está informando o seguinte aos eleitores de alguns Estados: há três arrastados anos, desde 2006, vocês vêm sendo governados por um criminoso.
O pior é que, na grossa maioria dos casos, desalojam-se os sujos para dar abrigo aos mal lavados. Coisas de uma democracia em construção.
.(Blog Josias de Souza Folhaonline)
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