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segunda-feira, 18 de agosto de 2008

MILITANTE DIZ QUE COMPROU VOTOS PARA JACKSON LAGO COM MACONHA

Nas acusações levantadas pelo grupo de Sarney contra Jackson Lago, um caso se destaca pelo inusitado: cigarros de maconha teriam sido ofertados para compra de votos, segundo um depoimento que a defesa do pedetista considera fantasioso.
Em depoimento no mês de abril à Justiça Eleitoral, o engenheiro Almir Cutrim afirmou ter ganho R$ 5.000 para conquistar votos da juventude de Olinda Nova e disse ter recebido a orientação do PDT no município para comprar cigarros de maconha e distribuí-los "em troca de votos em favor do candidato Jackson Lago".
Cutrim disse que entregou o dinheiro e gravações dos encontros com coordenadores da campanha de Lago à Polícia Federal. Dirigente do PV em Olinda Nova, o depoimento do engenheiro precisa ser validado pelo ministro Eros Grau, relator do processo de cassação de Jackson Lago no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A Folha não localizou Cutrim.
O PV é um dos partidos que pede a suspensão do diploma de governador de Lago, que derrotou o clã Sarney por uma diferença de 98 mil votos. Eros Grau poderá concluir o relatório no final deste mês, quando vence prazo dado por ele para a PF realizar perícia em vídeos anexados nos autos do processo. Algumas das imagens sugerem o uso da máquina do governo do Maranhão para financiar o candidato escolhido pelo então governador José Reinaldo Tavares.
Em um dos vídeos, o próprio José Reinaldo anuncia que os aliados estão autorizados "pelo governador a pegar as associações, ver as necessidades, fazer os projetos que nós faremos o convênio direto com a associação".
Um dos depoimentos a ser analisado pelo ministro do TSE é o dado por um presidente de associação de moradores que assinou convênio de R$ 714 mil e nunca viu um centavo do dinheiro.
da
Folha de S.Paulo

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