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quinta-feira, 21 de agosto de 2008

GOVERNADOR MARCELO DEDA É CONTRA MUDANÇA NA DISTRIBUIÇÃO DE ROYALTIES

Preocupados com a arrecadação, governadores de três Estados brasileiros produtores de petróleo defenderam nesta quinta-feira uma discussão mais estruturada e fundamentada sobre o modelo que vai viabilizar a exploração do petróleo na camada pré-sal no país.
Sérgio Cabral, do Rio; Paulo Hartung, do Espírito Santo; e Marcelo Deda, de Sergipe, se reuniram no Rio de Janeiro para defender a manutenção das atuais regras sobre a distribuição e pagamento dos royalties no país, mas sugeriram uma elevação na Participação Especial (PE) para aumentar a arrecadação em um momento de alta no barril de petróleo no mercado mundial
Eles demonstraram disposição de discutir futuras normas para o pré-sal, mas se mostraram preocupados com os rumos desse debate no Brasil.
"Enquanto continuar essa esquizofrenia, o Brasil não ganha... veja o que aconteceu com as ações da Petrobras. È preciso prudência. Casuísmo não vai bem. Aqueles que estão provocando um debate precipitado não estão no bom caminho. São irresponsáveis", disse o governador do Rio, Sérgio Cabral, sem citar nomes.
O governador de Sergipe, Marcelo Deda, vê no debate sobre o pré-sal muita desorganização e movimentos oportunistas.
"O país precisa ter tranqüilidade para enfrentar a boa notícia (pré-sal). Não dá para compreender a intranqüilidade com uma boa notícia. Pedimos prudência a todos que interagem no debate com o Congresso, Câmara e Senado", disse Deda.
"Não vamos deflagrar uma batalha de Itararé antes de saber quais são os territórios que precisam ser conquistados... é preciso primeiro que a galinha cumpra o seu papel antes que o ovo chegue a mesa", acrescentou o governador de Sergipe, ao lembrar que para extrair o petróleo do pré-sal serão necessários ainda muitos estudos e investimentos.
Os governadores disseram que estão abertos à discussão sobre o modelo ideal para a monetização da nova fronteira petrolífera brasileira, mas defendem algumas mudanças na legislação atual. Eles sugerem um aumento da participação especial paga por campos com alta produção.

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