A desembargadora Clara Leite de Rezende enviou hoje (1º) um comunicado à gerência do Banese de Lagarto informando que foi concedida uma medida liminar em favor da Câmara Municipal, determinando o desbloqueio de todo o valor retido do duodécimo. No ofício, a desembargadora requisita “a imediata suspensão dos bloqueios sobre o valor do duodécimo da Câmara, devendo permanecer à disposição deste Poder a verba já retida nesta instituição bancária”. De acordo com o presidente do Legislativo de Lagarto, Wilson Fraga de Almeida, o Xexéu (PSDB), cerca de R$ 207 mil, referente ao duodécimo de fevereiro e março, está bloqueado. “Com 50% dos recursos, só deu para pagar o salário dos servidores efetivos, dos vereadores e os serviços essenciais, como água, telefone e energia. A situação financeira da Câmara estava bastante complicada em virtude desse bloqueio, mas graças a Deus a Justiça reconheceu a necessidade de manter o repasse sem nenhum bloqueio”, afirmou Xexéu. A previsão do presidente é que com o desbloqueio, todos os débitos do Legislativo, incluindo o salário dos comissionados, sejam quitados em até 24 horas. O dinheiro bloqueado seria para pagar uma ação pecuniária que já tramita há 27 anos na Justiça, e hoje é movida pela viúva do vereador Antonio Simões. De março de 1986 a abril de 1987, o parlamentar foi afastado de suas funções por quebra de decoro parlamentar. Ele recorreu da decisão da Câmara e conseguiu retornar ao cargo, sendo que pediu no Judiciário o pagamento dos 14 meses de salário que ele ficou sem receber fora da função.
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