"Sem medo da verdade."

quarta-feira, 6 de maio de 2009

MARCELO DÉDA CHAMA A ESQUERDA DE ANACRÔNICA E PRESIDENTE DA CUT REBATE GOVERNADOR

A declaração do governador Marcelo Déda (PT) publicado no Jornal da Cidade desta terça-feira, 05 de abril de que "a esquerda anacrônica pensa que o Estado é propriedade das corporações". Teve reação imediata do presidente estadual da Central Única dos Trabalhadores - CUT, Antônio Carlos Góis: "não sei onde está o anacronismo, se naqueles que aplaudiam e até apoiavam publicamente a luta e os movimentos reivindicatórios nos governos passados como no de João, de Albano, de Valadares... que buscaram apoio das lideranças dessas organizações sindicais nos períodos eleitorais ou naqueles que cumprem o seu papel de defender os interesses dos trabalhadores?" Perguntou ainda se o anacronismo não esteja naqueles que fazem alianças com inimigos históricos da classe trabalhadora, que nega o passado. Tudo em nome de uma suposta governabilidade.
Sobre o anúncio do reajuste dos servidores, Góis diz que mais uma vez entre em contradição. Horas diz que vai retomar os trabalhos da Mesa de Negociação, horas diz que o governador deve anunciar nos próximos dias o índice de reajuste do funcionalismo. Questiona o método utilizado pelo governo, pois, para ele o resultado de negociação é 'acordo', 'anúncio' remete a práticas passadas marcadas por unilateralismo. O presidente da CUT considera a Mesa de Negociação, um instrumento de democratização das relações de trabalho no serviço público estadual, um avanço, apesar dos problemas enfrentados no seu funcionamento. Diz que imaginava que os problemas detectados no ano passado como o de falta de compreensão, falta de autonomia, centralização fossem superados infelizmente até agora não se avançou em nada na definição de uma política salarial, de uma política de correção das distorções nas carreiras dos servidores.
Repudiou a onda de Criminalização dos movimentos reivindicatórios, por parte do governo do estado e prefeitura, que ao invés de priorizar o diálogo e as negociações optam pela via judicial pedindo ilegalidade das greves e aplicação de multa contra os sindicatos, atitudes que considera como atrasadas e reacionárias. Por fim reafirmou que a greve é um direito garantido na constituição brasileira, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender e que tais medidas não intimidaram os trabalhadores na sua luta justa, concluiu, Góis.

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