"Sem medo da verdade."

domingo, 31 de maio de 2009

ATERRO SANITÁRIO

Até há pouco tempo, o aterro sanitário seria a melhor solução para o destino final dos resíduos sólidos das cidades de pequenos, médio e grande porte. Só que, em um aterro sanitário, por mais que se tenha um projeto tecnicamente bem feito, não atende às novas tendências das normas ambientais, onde o lixão é a forma mais degradante para a cidade depositar seu lixo. Um aterro, visivelmente, é limpo e com aspecto de uma boa solução, mas esconde um grande perigo que vai perdurar por muito tempo. Os gases, principalmente o metano, que é produzido sem parar mesmo depois do aterro desativado, vai para atmosfera em grande quantidade. A área fica por várias décadas, imprestável para qualquer tipo de uso. Já que funciona como uma grande capa que esconde e dá condições de produção em grande quantidade de gás metano e chorume. Por mais tecnologia que haja na sua sucção, não é o eficiente, pois a cobertura de solo de um aterro bem controlado é porosa e há escapamento de gás metano para atmosfera. Paralelamente a um aterro sanitário é necessário a construção de uma lagoa de estabilização para o chorume, pois o mesmo é altamente tóxico, isso se este for bem construído, tecnicamente aprovado pelos órgãos ambientais. É uma falácia dizer que aterro sanitário é a solução para os resíduos sólidos das cidades brasileiras, já que existem, no Brasil, alternativas para os resíduos sólidos.
Um aterro sanitário é um desperdício de área, de tempo, com custo altíssimo. A não recuperação desta área que foi destinada ao aterro sanitário, tornar-se-á um verdadeiro cemitério que, mesmo depois de desativado, pode ficar por mais de 30 anos produzindo gás metano na atmosfera a qual atinge diretamente a camada de ozônio. Se fosse projetado para uma vida útil de 20 anos, teria no mínimo 50 anos de cuidados sérios com custos elevados para outras gerações, podendo até mesmo duplicar este tempo. O lixo que é um problema de todos, principalmente daqueles que detém o poder de decidir a melhor opção. Estes devem rever e verificar a destinação deste mal, eliminar totalmente e gerar riqueza, ou amenizar os custos de sua eliminação, a fim de que as gerações futuras não Page uma conta alta que nos poderíamos pagar ou resolver hoje. Deve-se retirar o que é aproveitável do lixo e transformá-lo em algo útil, energia elétrica, uma tonelada de lixo corresponde a um barril de petróleo, ou a 500KWh, energia suficiente para uma casa de classe média alta gastaria em um mês.
Há milhares de anos o homem vem utilizando maneiras de se produzir energia através da biodigestão de mistura orgânicas. Do lixo domiciliar, do qual possui material seco, pode ser triado de forma melhorar o processo de aproveitamento e aumentar valor agregado ao lixo, sendo uma grande fonte de energia e seu material nobre reciclado, e a parte molhada do lixo, ou parte orgânica, também grande fonte de energia, na produção de gás através da biodigestão, e que produz adubo para recuperação de área degradada e adubo agrícola.
Entretanto, aterro sanitário tido como uma solução é uma bomba relógio que pode explodir a qualquer momento. No Brasil, uma favela foi construída em um aterro sanitário desativado, depois de algum tempo veio a explodir completamente, levando várias pessoas a morte.
Em vários países, especialmente, Alemanha, Estados Unidos, Itália e Holanda, hoje é proibida a construção de aterro sanitário. No Brasil, já existe corrente de ambientalista adotando esta solução, propondo novas resoluções e revendo a lei ambiental a qual se refere ao destino dos resíduos sólidos.
O Brasil é um país que por natureza propicia ótimas condições de adotarmos uma separação para, reciclagem ou incineração. Sendo assim, aterro sanitário para resíduos sólido produzido nos domicílios é, a longo e médio prazo a mais cara e ecologicamente incorreto.
Engº. Vicente O. Bispo

Um comentário:

Anônimo disse...

Temos a solução para tratamento de 100% dos resíduos sólidos urbanos, sem necessidade de existir aterros sanitários. Toda a matéria tem algum tipo de aproveitamento. No entanto, como não temos força política para implementação de nosso projeto, estamos em busca de parceiros interessados.
Trata-se de uma tecnologia nacional, barata, e sem geração de passivos ambientais.
Informações podem ser obtidas via e-mail: rsu@ecosustentavel.org.br.