A Comissão da Anistia, ligada ao Ministério da Justiça, concedeu nesta quarta-feira (25) anistia política ao cineasta Glauber Rocha, morto em 1980 e que foi perseguido durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985). Com isso, o Estado deverá pagar uma indenização mensal de R$ 2.000 a Paula Gaitan, viúva de Glauber, mais R$ 234 mil retroativos.
O presidente da comissão, Paulo Abrão, disse ao R7 que a anistia representa um pedido de desculpas oficial do Estado brasileiro à família de Glauber.
- Eu me dirigi pessoalmente a mãe dele [Lúcia Rocha], que tem 91 anos e oficializei o pedido de desculpa do Estado pela perseguição que fez ao filho dela.
Durante o julgamento, que ocorreu em Salvador, na Bahia, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, fez a defesa do cineasta. O governador da Bahia, Jaques Wagner, também estava presente.
Ferreira sustentou que Glauber sofreu censura e perseguição por causa de sua produção durante a ditadura. O processo foi iniciado por sua filha, Paloma Rocha, em 17 de maio de 2006.
Autor de obras como Terra em Transe e Deus e o Diabo na Terra do Sol, Glauber chegou a ser exilado na década de 70 por conta do regime. O presidente da comissão lembrou que, por conta de censura, o cineasta acabou fazendo mais sucesso no exterior do que no Brasil.
De acordo com Abrão, o pagamento à viúva deve ser feito pelo governo em até 90 dias.
Anistia
A Comissão de Anistia julgou até hoje 55 mil requerimentos de anistia política. Em 14 mil casos houve algum tipo de reparação econômica e em 22,5 mil processos houve apenas o pedido oficial de desculpas do Estado. Dezoito mil pedidos de anistia foram negados. No total, foram concedidos cerca de 2,4 bilhões em reparações econômicas. Há 11 mil processos na comissão aguardando análise em primeira instância e outros 3,5 mil pedidos de recurso. Nos últimos três anos, a comissão analisou 10 mil processos por ano.
O presidente da comissão, Paulo Abrão, disse ao R7 que a anistia representa um pedido de desculpas oficial do Estado brasileiro à família de Glauber.
- Eu me dirigi pessoalmente a mãe dele [Lúcia Rocha], que tem 91 anos e oficializei o pedido de desculpa do Estado pela perseguição que fez ao filho dela.
Durante o julgamento, que ocorreu em Salvador, na Bahia, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, fez a defesa do cineasta. O governador da Bahia, Jaques Wagner, também estava presente.
Ferreira sustentou que Glauber sofreu censura e perseguição por causa de sua produção durante a ditadura. O processo foi iniciado por sua filha, Paloma Rocha, em 17 de maio de 2006.
Autor de obras como Terra em Transe e Deus e o Diabo na Terra do Sol, Glauber chegou a ser exilado na década de 70 por conta do regime. O presidente da comissão lembrou que, por conta de censura, o cineasta acabou fazendo mais sucesso no exterior do que no Brasil.
De acordo com Abrão, o pagamento à viúva deve ser feito pelo governo em até 90 dias.
Anistia
A Comissão de Anistia julgou até hoje 55 mil requerimentos de anistia política. Em 14 mil casos houve algum tipo de reparação econômica e em 22,5 mil processos houve apenas o pedido oficial de desculpas do Estado. Dezoito mil pedidos de anistia foram negados. No total, foram concedidos cerca de 2,4 bilhões em reparações econômicas. Há 11 mil processos na comissão aguardando análise em primeira instância e outros 3,5 mil pedidos de recurso. Nos últimos três anos, a comissão analisou 10 mil processos por ano.
R7
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