OITO MESES SEM TONHO CABARÉ‏

Quem mandou e quem matou Tonho Cabaré? A polícia sergipana prendeu dois elementos que segundo informações da própria polícia, tem participação no assassinato. O tempo passa, o caso fica meio que inerte, pois a polícia após oito meses não concluiu o inquérito. Que esse crime foi de mando ninguém tem dúvida. É preciso que a polícia civil que tem condições para tanto, chegue aos mandantes, e dar um desfecho a esse caso que machucou a sociedade serrana. Pela trajetória de Tonho Cabaré, não fica difícil de desvendar esse crime, pois um cidadão que nunca roubou, nunca matou, não tinha envolvimento com drogas, nem com algo que desabonasse a conduta humana. Sabemos que era uma pessoa irreverente, espontâneo, não escondia de dizer aquilo que gostava muito menos o que não gostava. Essa era uma característica desse homem que fica na história de Itabaiana de uma forma positiva. Sua tenda não era apenas um local de trabalho, mais também de alegria, de muita irreverência. Duvido alguém se ocupar em ir ao seu local de trabalho para vê-lo trabalhando. Mais ele mesmo enquanto costurava ou colava os calçados, arrancava de amigos, várias gargalhadas. Tonho não era apenas um sapateiro, era presidente da mais concorrida Liga Esportiva de Futebol Amador da cidade, e ocupava a vice presidência do Partido da Social Democracia Cristã (PSDC), que participou na coligação de Luciano Bispo na última eleição. Com a morte de Tonho, toda uma estrutura de família foi alterada. Esposa e filhos viviam em função da renda que este destacável cidadão mantinha do seu local de trabalho, de forma honesta. E agora? Como fica essa família? Os amigos sentem a falta física por algum tempo, mais quem mais sofre com tudo isso é a família, não só na ausência do esposo do pai, como também, no dono de casa que era o sustentáculo financeiro do lar. Espero aqui que Luciano bispo, prefeito eleito de Itabaiana, viabilize um meio para ajudar a família daquele que era um abnegado escudeiro da facção política Progresso com Liberdade. E em relação à polícia, peço aqui que puna os envolvidos. O que na verdade o estado passa para a sociedade, é que não tem interesse em resolver e dar um ponto final na impunidade desses que cometeram essa barbárie. Gostaria que as entidades de classe exigissem do estado o desvendo dos crimes que ocorreram em Itabaiana, pois se assim ficar, mata um hoje, e será “mais um” na lista negra nos jornais, manchando o brilho de Itabaiana, que é tida como uma das cidades que mais se desenvolve no estado de Sergipe.
Por email: Lucivaldo Andrade