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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

GOVERNADOR DETERMINA ABERTURA DE INQUÉRITO PARA APURAR DENÚNCIAS CONTRA MILITARES

Assim que tomou conhecimento dos fatos noticiados pela imprensa nesta sexta-feira, 14, o governador Marcelo Déda determinou o imediato afastamento dos envolvidos e abertura de inquérito militar para apurar as invasões às Delegacias de Cristinápolis e Santa Luzia do Itanhy feitas por policiais militares do Grupo Especial de Ações Táticas de Estância (Geap), sob a orientação do comandante do 6º Batalhão da PM, coronel Campos. O grupo é acusado de ter submetido à tortura detentos que estavam nas delegacias.
"Eu não aceito este comportamento enquanto for governador de Sergipe", frisou Marcelo Déda. De São Paulo, onde está para cumprir uma agenda de compromissos oficiais, o governador determinou pessoalmente ao secretário de Estado da Segurança Pública, Kércio Pinto, e ao comandante da Polícia Militar, coronel Magno Silvestre, absoluto rigor na apuração dos fatos e aplicação das punições previstas em lei para os eventuais culpados.
De acordo com o comandante da PM, coronel Magno Silvestre, os 12 policiais envolvidos nas denúncias e o coronel Campos já estão afastados de suas atividades e recolhidos no Quartel Central da PM. Nesta tarde, o coronel e o superintendente da Polícia Civil, delegado Gilberto Guimarães, concedem entrevista coletiva para explicar os procedimentos até então adotados pelas polícias Militar e Civil, e os rumos que as investigações sobre o suposto ato de tortura tomarão de agora em diante.
"Vamos abrir um inquérito policial militar, que tem duração de 30 dias prorrogáveis por mais 15, para apurar tudo. Em princípio, os policiais tinham autorização para fazer revista nas delegacias, que é um procedimento de praxe. Mas precisamos apurar se houve excesso e aplicar as penalidades previstas em lei", disse o comandante da PM, ao informar que serão apurados os cometimentos de crimes militares e comuns. Os resultados do inquérito serão encaminhados à Justiça.

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