A Central Única dos Trabalhadores em Sergipe (CUT/SE) denuncia que o movimento sindical em Sergipe está de luto contra as ações tomadas pelo Governo do Estado de abrir Inquérito Administrativo contra três sindicalistas por exercerem o livre direito a militância sindical. O policial civil Antônio Moraes, do Sinpol; e os professores José Francisco e Morgan Prado, do Sintese estão respondendo inquérito pelo fato de atuarem e exercerem o papel de representante dos trabalhadores. “Certamente no Governo do Estado tem quem não admite a ação sindical autônoma e independente”, disse Antônio Carlos Góis, presidente da CUT/SE. Para a entidade, o movimento sindical não pode silenciar diante de tal arbitrariedade, principalmente quando é cometida num governo cujo seu titular tem toda uma história que se confunde com a luta pela liberdade e autonomia sindical, de onde se esperaria uma postura mais respeitosa às lutas da classe trabalhadora. “Registramos nossa indignação frente a mais este ato lamentável e esperamos que, em nome da democracia, tal atitude inspire correção imediata, afinal de contas não estamos mais vivendo no regime dos coronéis que tanto condenamos” afirmou o presidente estadual da CUT. Para a CUT/SE, a ação do Governo fere de morte a Convenção 87 da OIT - Organização Internacional do Trabalho, que garante aos dirigentes sindicais direito a livre organização sindical e o acesso aos locais de trabalho da base filiada. “Vale registrar que grande parte do alto escalão do Governo, inclusive o próprio governador são proveniente do movimento sindical e, portanto, não poderiam o permitir qualquer tipo de perseguição a sindicalista, nem a qualquer trabalhador. Mas infelizmente a realidade tem sido diferente na Secretaria de Segurança Pública, na Secretaria de Educação, bem como na Secretaria de Saúde onde os servidores estão sendo tratados como culpados pelo descaso com a saúde pública, especialmente, no Hospital João Alves (HUSE)”, denunciou Góis. A abertura de inquérito administrativo pelo governo do Estado contra esses três sindicalistas é repudiável e vai de encontro à luta da CUT pela democracia, liberdade e autonomia sindical e de enfrentamento as oligarquias que sempre perseguiram os trabalhadores no país. Do ponto de vista da democratização da estrutura sindical brasileira, a organização por local de trabalho é um ponto estratégico para fortalecimento da luta sindical por melhores condições de trabalho e salário. “Portanto, perseguir sindicalista por está organizando os trabalhadores nos seus locais de trabalho para lutarem por valorização não podemos aceitar”, afirmou Góis.
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