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sexta-feira, 19 de junho de 2009

JOÃO ALVES APRESENTA PROPOSTAS PARA LOJISTAS SERGIPANOS

Com o tema “Como Sergipe pode sair da crise muito mais forte”, o ex-governador João Alves Filho (DEM) atendeu ontem o convite formulado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Aracaju (CDL) e fez uma exposição apresentando suas propostas para os empresários que, pela primeira vez na história, superlotaram o auditório da entidade. Dentre várias sugestões colocadas, o democrata defendeu a constituição de um pacto que unisse as classes política, empresarial, os sindicatos dos trabalhadores, os representantes da sociedade civil e as universidades.
O democrata disse para os empresários que este pacto “será o primeiro passo a ser dado para o futuro próximo, independente de quem estiver à frente do poder. É um pacto público pelo bem de Sergipe, com suas metas sendo amplamente discutidas e aprovadas entre todos. Isso até para evitar as politicagens que tanto têm atrapalhado o nosso Estado”, colocou, evitando fazer qualquer politização do debate.
João Alves fez, inicialmente, um relato de vários pontos positivos registrados nos seus três governos e enfatizou que Sergipe está a um passo de ser a “Santa Catarina do Nordeste”. “São necessários poucos investimentos até porque nosso Estado atravessa uma fase excelente, com uma capacidade de endividamento extraordinária. Eu sempre trouxe comigo uma frase: ‘a humanidade é empurrada pelas crises’. Há duas formas da gente enfrentar as crises: uma é agente se abater diante delas; a outra é superá-las com criatividade”.
O ex-governador disse aos empresários que veio trazer uma mensagem de otimismo e de quem acredita no sucesso dos empresários sergipanos. “Sergipe é um Estado privilegiado, tanto pelo tamanho, quanto pela sua infraestrutura que, de longe, é a melhor do Nordeste. Temos ainda a maior rede de adutoras integradas do País. Temos o menor número de analfabetos, o menor número de habitações sub-humanas, a maior proporção no Nordeste de residências energizadas e somos o 2º Estado no Brasil na proporção da população servida de água”, comentou, destacando ainda que Sergipe tem um Banese sólido e a menor concentração de renda do Nordeste.
Projetos – “Nós temos três projetos aprovados que podem mudar a face econômica de Sergipe. Um é a implantação do maior parque tecnológico do Nordeste, que já apresentou resultados maravilhosos e que é sucesso no mundo inteiro. Outro projeto já está aprovado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) para implantação de uma refinaria em Sergipe, sem precisar de um centavo do governo federal. Pernambuco acreditou na parceria com a Venezuela e até hoje a refinaria deles não saiu do papel. E temos ainda, como sugestão, a Zona de Processamento de Exportação (ZPE)”, ressaltou o democrata.
Para o “homem do campo”, João Alves apresentou como proposta a retomada do programa de revitalização da citricultura em Sergipe, mais especificamente, na região Centro-Sul do Estado. O democrata também defendeu o projeto de sua autoria, “Nova Califórnia”, que segundo ele, foi alvo de disputa por vários bancos que desejam financiá-lo.
Outro ponto destacado por João Alves para os empresários foi a retomada do “Banco do Povo”. “Ele é diferenciado porque nós o implantamos junto ao Banese, mas junto a área Social também. Nós conseguimos gerar 105 mil empregos e abrimos mais de três mil micro-empresas. O Banco do Povo era destinado ao empreendedor em geral e era fantástico”.
O ex-governador também destacou a importância da construção de duas pontes: a que liga o Moqueiro à Caueira e a que liga Porto do Cavalo (Estância) a Terra Caída (Indiaroba). A primeira iniciada em seu terceiro governo, e a segunda totalmente projetada pelo democrata. Por fim, João Alves se recordou de um projeto que guardou a “sete chaves” na sua gestão, de autoria de um dos cinco maiores arquitetos do mundo, e que seria o primeiro empreendimento turístico e imobiliário do terceiro milênio: a projeção de uma cidade para substituir os resorts, com vários hotéis, uma marinha e empreendimentos imobiliários para atrair empresários internacionais.
“Esses executivos morariam aqui e isso atrairia investimentos para Sergipe, inclusive a construção de uma Universidade de 1º Mundo. Mas mesmo sem precisar de financiamentos do governo federal, não conseguimos levá-lo à frente porque fomos ‘surpreendidos’ com a transformação de terras próximas ao litoral em áreas de reforma agrária, ou seja, plantar milho e feijão na praia”, colocou o democrata.
Aracaju – João Alves também defendeu que seja iniciado, de imediato, um programa de erradicação de favelas em Aracaju. “Na década de 90, a nossa capital era uma das únicas no País que não tinha favela. Hoje nós encontramos favelas em todos os lados. É preciso intervir. As pessoas também precisam apreender uma atividade profissional. É onde entra a ação social. E, por fim, nossa capital também precisa crescer ordenadamente, com um projeto eficiente de drenagem. É a pura falta de planejamento”, resumiu.

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