"Sem medo da verdade."

quinta-feira, 18 de março de 2010

“ZÉ DIRCEU DEVIA TER SIDO PRESO COMO ARRUDA”, AVALIA VENÂNCIO

O líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), ocupou a tribuna na manhã de hoje, 18, para rebater as recentes provocações do governador Marcelo Déda (PT) e do deputado federal Jackson Barreto (PMDB) contra a oposição, liderada pelo ex-governador João Alves Filho (DEM).
Segundo o deputado, Déda teria dito que “sepultou a filosofia do malufismo em Sergipe de que se rouba, mas faz. Nosso governo não rouba e faz. Nós ganhamos deles em tudo e, na questão ética, vencemos por W.O porque eles sequer aparecem para participar”. Já Jackson Barreto disse que “Sergipe se livrou de uma quadrilha dentro do governo”.
“Quando a gente ouve a militância do PT falar em ética e moralidade, a gente lembra que a deles foi para o lixo! Basta você pegar uma revista nacional que vai ver enquadrados os 40 denunciados como quadrilheiros no governo do Partido dos Trabalhadores. Todos chefiados, conforme a revista Veja, por José Dirceu. Logo ele que, um dia desses, veio a Sergipe de jatinho particular, pago por não sei quem, e foi recebido com todas as honras e com um almoço no Palácio do Governo. E quem pagou aquela conta? O povo sergipano! Tudo para o maior lobista do Brasil, segundo a Veja”, comentou o líder da oposição.
Venâncio ainda disse que “José Dirceu vive solto, de Estado em Estado, mas ele devia ter sido preso como (José) Arruda (governador do Distrito Federal, que se encontra preso há mais de um mês na Polícia Federal por suposto envolvimento em um esquema de desvio de recursos públicos). Lugar de corrupto é onde Arruda está! E não ficar transitando de jatinho pelo país, fazendo articulações inclusive para a futura candidata do PT à presidência da República. Oito destes quadrilheiros estão na chapa de José Eduardo Dutra que recentemente assumiu a presidência nacional do PT. Quem não lembra de Delúbio Soares e José Genuíno”, questionou.
“Agora vem o governador Marcelo Déda, com seu discurso bonito, querendo desqualificar os outros, se vestindo com a bandeira da ética! O PT de Déda é o mesmo de Zé Eduardo que indicou o tesoureiro da campanha presidencial de Dilma Rousseff. O tesoureiro que deu um rombo em uma cooperativa para financiar campanhas do partido pelo Brasil, cobrando 12% de propina. Que amizade é essa de Déda com José Dirceu”, perguntou.
Jackson Barreto – Sobre Jackson Barreto, Venâncio disse que “na ânsia de querer atacar o ex-governador João Alves, ele atacou metade da bancada que dá sustentação ao governo Déda aqui na Assembleia. Eles davam sustentação ao governo anterior. Foi assim com Susana Azevedo (PSC), André Moura (PSC), Cesar Mandarino (PSC), Antônio dos Santos (PSC), Angélica Guimarães (PSC), os irmãos Amorim e o deputado Garibalde Mendonça (PMDB), por exemplo. Se o tratamento dos aliados é esse agora, imagine como vai ser depois de sacramentada a chapa majoritária”, ironizou o deputado.
“Vamos fazer uma campanha bonita, com propostas. Com a oposição cobrando aquilo que foi prometido e a situação mostrando o que fez e o que não pode fazer. E não, você dentro de um partido sujo como é o PT, vir cobrar ética e moralidade dos outros. Meu partido é o mesmo de Paulo Maluf, mas se ele for levado à Justiça vai para as pequenas causas diante dos escândalos de corrupção no PT que vão precisar ir para uma Vara Especial. Se houve desmandos na Deso, por exemplo, o governo tem maioria e conta com a oposição para aprovar uma CPI na Deso. Por que o governo Déda não divulga o relatório da auditoria feito na Deso? Sergipe já está cheio desses discursos e, se houve alguma quadrilha, como ninguém foi denunciado, posso entender que Marcelo Déda foi conivente”, completou.
Perseguições – Venâncio disse ainda que “tudo começou com o ex-secretário da Fazenda e compadre Nilson Lima (PPS), que discordou do governador naquela encrenca dentro do Sebrae, com Zezinho Guimarães, e sobrou para ele. Foi exonerado e ainda levou a Mesa de Negociação. Peço que ele devolva a 'mesa' pelo bem dos servidores; depois a ira do governador sobrou para Belivaldo Chagas (PSB), que teve o azar de assumir o governo por três meses. Ele abriu as portas do Palácio do Governo para o povo e para a classe política e acabou sendo rifado. Jackson Barreto já disse que o candidato a vice-governador será ele”.
“A próxima vítima foi Gilmar Carvalho (PR) que entrevistou João Alves Filho e Déda não o perdoou: determinou o retorno imediato de Rogério Carvalho para a AL e rifou o radialista; outro foi o presidente da Câmara Municipal, vereador Emmanuel Nascimento (PT), que deu uma declaração, do fundo do coração, dizendo que Edvaldo Nogueira é melhor administrador que Déda. Como ele não guardou segredo, foi para a solenidade da PMA, ontem, e sequer foi chamado. Coube ao governador, ao prefeito (Edvaldo Nogueira – PCdoB) e ao vice (Silvio Santos – PT) a condução das homenagens. Rifaram Emmanuel, numa forma de total desprestígio com o Poder Legislativo Municipal, com quem eu fico solidário por essa humilhação. Tanto que os demais vereadores se retiraram em forma de protesto”, acrescentou.
Por fim, Venâncio disse que a “bola da vez” é a deputada Ana Lúcia (PT). “Ela já deve vir sentindo na pele essa ira do governador. Ela denunciou a tragédia em que se encontra o ensino público de Sergipe e que áreas como a Saúde e a Educação são loteadas politicamente. Mas ela é uma mulher de fibra, corajosa e não é qualquer um que tem coragem de revelar as mazelas do seu governo, como ela fez. Tem muita gente que fala, mas se cala depois que leva um 'pito' do governador. Ela manteve sua posição porque é autêntica. O governo todo está loteado e Déda deveria era abrir uma imobiliária de loteamento político”, provocou, dizendo que a “última vítima” será Eduardo Amorim (PSC), responsável pela ruptura de uma estrutura montada, com Valadares (PSB) e Jackson Barreto como candidatos ao Senado. Venâncio ainda foi aparteado por Augusto Bezerra (DEM) e Antônio Passos (DEM).
*Agência de Notícias da Assembléia

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