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quinta-feira, 18 de março de 2010

ROGÉRIO REBATE CRÍTICAS: “SERGIPE AINDA PAGA PELO ABANDONO DE GOVERNOS ANTERIORES”

O deputado estadual Rogério Carvalho (PT) rebateu na manhã desta quinta-feira, 18, as críticas feitas pelo líder da oposição, o deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), ao gerenciamento da Saúde no Governo Marcelo Déda. Em pronunciamento feito durante o grande expediente da Assembléia Legislativa, o deputado petista, que é ex-secretário de Estado da Saúde, comparou as principais ações executadas no atual governo com a administração anterior na área da saúde e afirmou que hoje “Sergipe paga o preço pelo abandono e a falta de compromisso de governos anteriores”.
De acordo com Rogério, pela primeira vez Sergipe tem um projeto para área da saúde. Até 2007, tratava-se de um campo de atuação onde o estado era visto como um mero prestador de serviços. Não havia planejamento, muito menos investimentos, o que acarretou, com o passar dos anos, no definhamento de inúmeras unidades pelo interior do estado e na falta de conformação de um sistema que oferecesse assistência integral ao cidadão. Segundo Rogério, os problemas se estendiam ainda à falta de uma política de pessoal para os profissionais da área.
“Estamos falando de governos que fecharam os hospitais pelo interior do estado e que durante décadas não investiram nada em novos equipamentos e novos serviços para salvar vidas. Só para se ter uma idéia, em 2007, quando assumimos a gestão, apenas o Hospital João Alves e a maternidade Hildete Falcão Baptista estavam nas mãos do estado. Os poucos hospitais públicos que ainda funcionavam haviam sido reabertos em agosto de 2006, em plena corrida eleitoral, e entregues ao gerenciamento de duas empresas privadas. O pior é que estas empresas recebiam muito mais do que é pago hoje e produziam apenas 40% do que esses hospitais hoje produzem”, disse o deputado.
Rogério também lembrou as dificuldades com que a atual administração assumiu o Hospital João Alves e a crise na obstetrícia enfrentada pela população durante a gestão anterior. “Só no pronto-socorro do hospital tinham mais de 150 pacientes a espera de atendimento, tumultuados pelos corredores, sem o mínimo de higienização. Pacientes que há mais de um ano esperavam por cirurgias. Durante o governo deles, nós presenciamos a maior crise no setor de obstetrícia que este estado já enfrentou e quem resolveu o problema foi o então prefeito Marcelo Déda, investindo na abertura de um serviço especializado no Hospital Santa Isabel”, recorda Rogério Carvalho.
Ainda pontuando as ações executadas à frente da Secretaria de Saúde de Aracaju, Rogério citou também a construção dos hospitais da Zona Norte e da Zona Sul como provas de que, naquele momento, a atual administração já se preocupava com a ausência do estado na gestão da rede hospitalar.
“O fato é que eles (oposição) não têm e nunca tiveram um projeto para saúde deste estado. Durante décadas, negligenciaram o papel do estado de prover a saúde e agora eu pergunto: Quantas clínicas de saúde eles construíram? Quantos Centros de Especialidades Odontológicas eles fizeram? Quantos hospitais? Quantas Farmácias Populares? Nas farmácias não adianta nem falar, pois na gestão anterior acabaram devolvendo o recurso e não construíram nenhuma”.
Obras InacabadasAo comparar as realizações do governo anterior na área da saúde, Rogério criticou a postura do ex-governador João Alves Filho de inaugurar obras inacabadas. “As duas únicas obras que inauguraram foram entregues inacabadas. Um Hospital Infantil que só existia paredes. Não havia profissionais, muito menos equipamentos. Nem energia elétrica tinha. Tiveram que puxar uma gambiarra para inaugurar o prédio”, disse Carvalho, completando que foi necessário a atual administração comprar mais de R$ 10 milhões em equipamentos para o hospital.
Já a maternidade Nossa Senhora de Lourdes, a segunda inauguração pontuada pelo deputado, foi construída sobre um grande poço, que logo na primeira chuva alagou todas as dependências do prédio. De acordo com ele, o telhado também caiu e foi necessário à Secretaria de Estado da Saúde realizar um serviço de macro-drenagem para retirar uma grande quantidade de água do local.
“Mas eles tinham que inaugurar a qualquer custo, senão, imaginem a vergonha que seria passar quatro anos e não inaugurar nada na área da saúde. A única coisa que o governo de João Alves conseguiu fazer foi destratar os mais necessitados”, alfinetou o deputado petista.
Rogério Carvalho destacou a postura da atual gestão de construir 102 clínicas de saúde e dois novos hospitais regionais como pagamento de uma dívida social que o estado há décadas negligencia. Outros 16 hospitais passam por obras de reforma, ampliação e adequação. Ao todo, serão oito Centros de Especialidades Odontológicas e mais quatro Farmácias Populares. “Tudo isso num único mandato. Isso sim que é política universalizante. Todos os municípios de Sergipe, sem restrição partidária, estão recebendo investimentos do Governo do Estado”, enfatiza Rogério.
Ele encerrou sua participação admitindo que ainda falta muita coisa a ser feita para que a saúde possa atingir o grau de satisfação alvejado. “Temos muito o que fazer ainda. Temos clareza de que ainda existem vários problemas e estamos trabalhando para saná-los. Temos mais clareza ainda de que estes problemas, acumulados por anos e anos de negligência de governos anteriores, não resolveremos num toque de mágica”, concluiu Rogério.
Contratações para FHSRogério Carvalho também rebateu as críticas da oposição de que o edital aberto pela Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) para contratação de 1764 profissionais seria “um trem da alegria”. Ele explicou que a contratação temporária é para atender a demanda do novo Hospital Epidemiológico, que o Governo do Estado está equipando na antiga Clínica de Acidentados. De acordo com ele, a nova unidade atuará num período propício ao surgimento de epidemias de gripes e dengue.
*Agência de Notícias da Assembléia

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