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quarta-feira, 31 de março de 2010

SSP ESCLARECE PRISÃO DE ALBANO FONSECA


A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) divulgou há pouco a prisão de Albano Almeida Fonseca, 35 anos, que há seis anos abusou da ex-namorada e matou a mãe dela, Maria Auxiliadora Tavares Menezes, 64. Ele estava foragido desde 2005 e foi preso por volta das 10 horas desta quarta-feira, dia 31, no apartamento da mãe, no conjunto Médici, em Aracaju, onde estava escondido há quase dois meses.
Cerca de oito homens do Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar cercaram e invadiram o imóvel. Durante abordagem, Albano tentou fugir pulando pela janela, do segundo andar, e lesionou o tornozelo direito. "O infrator estava em Aracaju há quase dois meses e era acompanhado pelos serviços de inteligência da Polícia Militar e da Polícia Civil. Antes, ele trabalhou em São Paulo e até saiu do Brasil", explicou o tenente Clarkson Hora, do COE.
Segundo o coordenador do Departamento de Homicídios da Polícia Civil, delegado Everton Santos, as investigações partiram da Divisão de Inteligência (Dipol). "Descobrimos que ele estava na cidade e passamos a monitorá-lo. Ele retornou a Sergipe mesmo depois de ter sido condenado a 44 anos e 55 dias de prisão", comentou o delegado, lembrando que o julgamento aconteceu á revelia no dia 18 de dezembro, no Fórum Gumersindo Bessa.
A apresentação do acusado aconteceu na sede da SSP, com a presença do secretário da Segurança Pública, João Eloy de Menezes, e do promotor de Justiça Deijaniro Jonas, que é o curador externo da Atividade Policial no Minitério Público. Depois, Albano foi encaminhado ao Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) para ser interrogado. Ele ainda passará por exames no nstituto Médico Legal (IML) e, em seguida, depois seguirá para o Complexo Prisional Advogado Jacinto Filho, no bairro Santa Maria.

Crimes
Os dois crimes aconteceram em 22 de novembro de 2003, na casa da vítima, no bairro Pereira Lobo, zona sul de Aracaju. Albano chegou a ser preso dois dias após o crime e foi processado, mas estava foragido desde o dia 9 de janeiro de 2005, quando conseguiu escapar, com outros 19 detentos, do Complexo Penitenciário Carvalho Neto (Copemcan), em São Cristóvão.
Pelo que foi apurado à época pelo delegado Flávio Albuquerque, responsável pelo caso, Albano agiu de forma premeditada. Ele passou a madrugada no telhado da casa e ao encontrar com Maria Auxiliadora na cozinha, ele a arrastou até a sala, onde a matou. A aposentada tentou impedir que Albano fosse até o quarto dela e sofreu várias facadas nas mãos, nas pernas, no peito e no pescoço.
Os gritos da mãe acordaram a filha, que ao abrir a porta do quarto se deparou com Albano, que estava com uma faca. Ele a dominou e deu-lhe uma facada no braço. Refém dele por cerca de duas horas e sob ameaças de morte, a professora foi amarrada, abusada sexualmente e espancada com muita violência, até desmaiar. Ele não aceitava o término do relacionamento e, por isso, decidiu violentar a professora.
À época, o crime chocou a sociedade sergipana. Ao ser preso, Albano negou que tivesse estuprado a ex-namorada e chegou a alegar que estava embriagado quando cometeu o crime. No entanto, a Polícia Civil apurou que o acusado planejou o ataque durante uma semana, para vingar-se do término do relacionamento.

SSP/SE

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