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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

PM JÁ DEVOLVEU CERCA DE 400 SOLDADOS AO PATRULHAMENTO NAS RUAS


Uma revisão criteriosa vem ajudando a Polícia Militar a devolver ao serviço ostensivo nas ruas parte do efetivo que estava realizando outras atividades, como a guarda de presos, proteção a autoridades e segurança de prédios públicos. Ao longo de dois anos e 11 meses, foram retirados de tribunais e palácios, presídios e agências bancárias para serem transferidos para batalhões e companhias cerca de 400 praças e oficiais, o que dá a média de 11 profissionais a mais por mês para fazer o policiamento em Aracaju e cidades do interior. Segundo o comandante-geral da PM, coronel José Carlos Pedroso Assumpção, o retorno de experientes militares às rondas preventivas e às unidades especializadas deu um fôlego para que se pudesse reforçar as operações que tem sido realizadas constantemente. "A população tem sentido esse impacto das ações da Polícia Militar que, em parceria com a Polícia Civil, tem feito um trabalho intensivo de auxílio ao cidadão e enfrentamento a bandidos na capital e outros municípios", destaca. Esse efetivo extra já possibilitou, conforme Pedroso, a criação em 2009 de unidades como o Grupamento de Ações Táticas do Interior (Gati), do Grupo Especial Tático de Motocicletas, do Grupamento Tático Aéreo (GTA) e de Companhias de Policiamento Comunitário no bairro Santa Maria, em Aracaju, e na cidade de Barra dos Coqueiros, na região metropolitana. Também foi possível dobrar o efetivo do Pelotão de Policiamento em área de Caatiga (Pepac), em Porto da Folha, e acrescentar integrantes em outros batalhões do interior. O maior número de profissionais que retornou aos postos e viaturas estava cedido para realizar a segurança de agências do Banco do Estado de Sergipe (Banese), palácios do Governo de Sergipe e da Assembléia Legislativa, fóruns do Tribunal de Justiça e unidades do Departamento do Sistema Prisional (Desipe). "Um exemplo desse esforço foi a devolução à PM de 54 dos 58 militares que estavam reforçando a segurança externa no Centro de Atendimento ao Menor (Cenam), deixando apenas o estritamente necessário", cita.Para o coronel, o esforço teve o apoio dos gestores dessas instituições e poderes para rever a real necessidade de utilização de servidores da PM. "Essa cessão é legal e está prevista em lei, mas nós questionamos se o número de pessoas colocadas à disposição deveria ser aquele, tanto que conseguimos reduzir em mais de um terço esse número, com apoio do governador Marcelo Déda e de gestores como o presidente da Assembléia, deputado Ulices Andrade, que devolveu 58 homens à PM ainda em 2007", lembrou. Ainda de acordo com Pedroso, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) tem apoiado essas ações. "O Estado é obrigado, constitucionalmente, a disponibilizar segurança a outros órgãos, mas havia policiais a mais do que o necessário em determinados locais. Assim sendo, o secretário João Eloy de Menezes tem conversado com gestores públicos e eles entenderam que essa mão de obra é mais útil à população fazendo o policiamento ostensivo. Isso ajuda o Governo de Sergipe a economizar recursos e de prestar melhores serviços à comunidade", reconhece.
Fotos: Allan de Carvalho/SSPCensoEm reunião com o governador de Sergipe em exercício, Belivaldo Chagas, o secretário de Estado da Segurança Pública, João Eloy de Menezes, e o comandante da PM, coronel Pedroso, estabeleceram um plano para identificar e localizar cada praça e oficial que está fora do serviço ativo de policiamento ostensivo e justificar a permanência deles em determinado local de trabalho. "De soldado a coronel, precisamos regulamentar a situação desses homens e mulheres, já que precisamos rever a necessidade de tê-los de volta à tropa. Isso continuará dando subsídios para melhorarmos a segurança pública", lembra o oficial comandante. Pedroso explica que esse levantamento já está sendo feito pela 1ª Seção do Estado Maior da PM, com o apoio de todas as unidades da corporação e entidades que tem militares à sua disposição. "Temos equipes checando a documentação oficial nos quartéis e verificando pessoalmente onde estão lotados os policiais, para se certificarem onde eles estão trabalhando. Os comandantes de unidades e subunidades também receberam a determinação de verificar se há policiais cedidos extraoficialmente e a retificar algo relacionado a isso. Essa fase será concluída em dezembro e logo teremos um mapa mais atualizado do nosso quadro funcional", adiantou o coronel, acrescentando outras medidas, como o contato direto com outros setores públicos. "Enviamos também ofícios a prefeituras, câmaras municipais e outras estruturas dos poderes executivo, legislativo e judiciário, solicitando a informação de PMs em suas estruturas", reiterou.
SSP/SE

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