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domingo, 21 de dezembro de 2008

FLORO CALHEIROS "ALGEMA" AGENTES PENITENCIÁRIOS E FOGE DO HOSPITAL SÃO LUCAS

Floro Calheiros, acusado da morte do também agiota Motinha e do deputado estadual Joaldo Barbosa, fugiu do hospital São Lucas, onde estava internado desde a quinta-feira, 18, tratando um problema intestinal. A fuga aconteceu de forma planejada e espetacular: Floro recebeu a visita da mulher e do advogado Alexandre Maciel à tarde. Em seguida, o próprio Floro rendeu os três agentes penitenciários que estavam dando segurança ao detento.
A Polícia veio tomar conhecimento por volta das 21:30 horas e entrou imediatamente em ação. O comandante da Polícia Militar, coronel Magno, esteve no local e disse que o Cope e o COE estão vasculhando toda a cidade e fechou todas as saídas, inclusive o aeroporto. Também já foi acionada toda a Polícia de Fronteira e as saídas do Estado foram fechadas.
Segundo as informações três homens entraram no apartamento de Floro Calheiros, no hospital São Lucas, vestidos de médico. Logo em seguida, Floro teria rendido e algemado os três agentes penitenciários, que estavam do lado de fora e foram atraídos para dentro. Floro também teria vestido um jaleco, colocado uma peruca para sair normalmente por uma das portas do hospital, onde um carro já o esperava. Funcionários do hospital disseram ainda que um homem de cor negra pode ter ajudado Floro a fugir.
Por volta das 23 horas, três promotores de Justiça foram ao hospital São Lucas para assistir a todas as fitas de câmeras que gravam os corredores de entrada e saída prédio para ter uma noção exata de como fora a fuga de Floro Calheiros e ver se reconhecia algum dos três homens que entraram como médico.
Floro Calheiros estava preso na Penitenciária de São Cristóvão e sucessivamente foi internado com sintomas de depressão aguda e gastrite. Na semana passada ele teve sua internação negada pela juíza Iolanda Guimarães, que entrou de férias. A ordem para internamento de Floro Calheiros no Hospital São Lucas foi dada pela juíza de Execuções Criminais, Fátima Barros, que não tinha competência para isso e passou por cima da colega que substitui à juíza Iolanda Guimarães.
O promotor considerou um absurdo deixar um homem como Floro voltar a fugir de forma tão infantil: “é querer gozar com a Justiça sergipana e com o sistema penitenciário, porque houve muito esforço da polícia civil, numa estratégia comandada pelo secretário Kércio Pinto, para prendê-lo em Rondônia”.
A fuga de Floro Calheiros atinge também a Secretaria da Justiça, através do Desipe, e não é bom para o Estado. Há informação que a fuga de Floro Calheiros tem “extensões perigosas”, como alertou o promotor, que devem ser urgentemente apuradas pela Polícia. O secretário Kércio Pinto também está no comando das operações, embora setores da Segurança estejam pessimista quanto a sua presença em Sergipe, pesar da hipótese que ele se encontrar escondido em algum lugar para fugir depois com mais tranqüilidade.

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