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terça-feira, 17 de junho de 2008

ARACAJU: PRADO E VALADARES SÃO PRÉ-CANDIDATOS DO DEM

O ex-governador de Sergipe João Alves Filho anunciou nesta manhã os pré-candidatos do partido Democratas (DEM) às eleições majoritárias de Aracaju: o deputado federal Mendonça Prado para a vaga de prefeito e o ex-secretário de Turismo Pedrinho Valadares para vice. O anúncio foi feito na sede do partido, localizada na rua Cedro, no bairro São José, em Aracaju. Os nomes serão homologados em convenção do partido que ocorrerá no próximo dia 30.
Um dos motivos de o presidente do partido, João Alves, não sair como candidato à eleição para prefeito é o atual estado de saúde de sua mulher. A senadora Maria do Carmo Alves está sendo submetida a tratamento em São Paulo.
"Eu gostaria de ser candidato à prefeitura de Aracaju, mas o momento não me permite. Maria necessita de mim ao seu lado", diz João Alves.

Outras candidaturas
Além da candidatura do DEM, outra pré-candidatura vem ganhando fôlego, com o apoio de fortes partidos na capital. Trata-se do prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB), que já aglutinou em torno de sua reeleição aliados de peso do porte do PT, PDT, PPS e PSB.
Já o senador Almeida Lima (PMDB) enfrenta uma briga interna com o primo, deputado federal Jackson Barreto, que é um aliado histórico do PC do B. Com isso, o partido está dividido. Almeida Lima não conta com apoio do Diretório Estadual do PMDB, que, comandando pelo primo adversário, já anunciou irrestrito apoio a Edvaldo Nogueira.
As indecisões ainda permeiam o PSDB, do deputado federal e ex-governador Albano Franco. O PSDB é o partido mais assediado. Tanto Edvaldo quanto Almeida Lima e o próprio DEM tentam uma composição política com o PSDB.
No entanto, o chefe político tucano (deputado Albano Franco), que sempre costurou entendimentos de última hora, que irritam até aliados, continua em cima do muro e anuncia decisão em convenção estadual do partido, marcada para o próximo dia 28.

Problemas na Justiça
O senador Almeida Lima (PMDB) já foi prefeito da capital (1994), num mandato de dois anos, substituindo o primo Jackson Barreto, de quem era vice, que renunciou ao mandato para disputar o governo do Estado e foi derrotado pelo deputado Albano Franco. Hoje, Jackson e Almeida disputam o comando do PMDB no Estado, são ferrenhos adversários políticos e Jackson, tornando-se aliado de Franco, costura um apoio do PSDB à candidatura de Edvaldo.
Declarados no páreo pela prefeitura de Aracaju, o prefeito Edvaldo Nogueira e o Edvaldo e Almeida Lima já enfrentam problemas na Justiça Eleitoral por prática de propaganda eleitoral antecipada.
Almeida Lima já foi condenado, em primeira instância, a pagar multa de R$ 53.205, conforme decisão da juíza Patrícia de Almeida Menezes, da 36ª Zona Eleitoral, e o prefeito Edvaldo Nogueira teve representação encaminhada àquele juízo pelo Ministério Público, também com assinatura do promotor de justiça Marcílio de Siqueira Pinto, cujo processo também tramita na 36ª Zona Eleitoral.
Contra Almeida Lima pesa a inauguração da sede do Diretório Municipal do PMDB, no dia 15. Almeida mostrou prestígio junto às lideranças nacionais do partido, ao trazer para Aracaju o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB/RN), o líder do PMDB no Senado, Waldir Raupp (PMDB/RO), os senadores Wellington Salgado (PMDB/MG), Geraldo Mesquita (PMDB/AC) e Walter Pereira (PMDB/MS), além dos deputados federais Wilson Santiago (PMDB/PB) e Aníbal Gomes (PMDB/CE). A festa foi gravada pelo Ministério Público Federal, que detectou um verdadeiro showmício em defesa da candidatura do senador à prefeitura de Aracaju.
Já contra Edvaldo Nogueira pesa a acusação de se beneficiar de publicidade feita por empresas, explícita nos ônibus, que exploram as linhas urbanas, por meio de busdoors, e também de outdoors fixados em pontos estratégicos da cidade e, ainda, em matérias jornalísticas que, na ótica do promotor Marcílio Siqueira, não passam de campanha publicitária em defesa da reeleição de Nogueira.
Na peça jurídica, o promotor destaca 23 anúncios publicitários assinados por empresas. "Além de notícias aparentemente de caráter jornalístico, uma verdadeira e intensa campanha publicitária vem se desenvolvendo no decorrer deste semestre, sempre a pretexto de destacar datas comemorativas, mas que apontam uma aberta campanha eleitoral extemporânea", comenta o promotor, na representação.
Por força da lei 9504/97, a propaganda eleitoral só é permitida a partir do dia 6 de julho. Aqueles que a infringem estão sujeitos a pena de multa que varia entre 20 mil a 50 UFIR. Como o senador já foi condenado, ele corre risco de ter sua candidatura negada, caso não efetue o pagamento da multa até o dia 5 de julho.

Fonte: Redação Terra

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