"Sem medo da verdade."

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

CONSELHO DE MEDICINA INOCENTA MÉDICOS DO HUSE

Todos os nove médicos que não compareceram aos plantões dos dias 24, 25 e 26 de dezembro no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), foram inocentados pelo Conselho Regional de Medicina que divulgou resultado de uma sindicância aberta para averiguar a veracidade dos atestados apresentados pelos profissionais. Com o resultado apresentado verbalmente à imprensa na manhã desta quinta-feira, 28 pelo corregedor Walbert Carvalho, o Sindicato dos médicos vai entrar com ações na Justiça em favor dos denunciados na polícia pela diretora em exercício do Huse, Lycia Diniz, que teria tomado uma “decisão precipitada”.
A categoria quer agora que o Conselho haja com rapidez no sentido de comprovar se houve precipitação por parte da direção do Huse, para que todas as providências sejam tomadas. Alegando segredo de Justiça, o corregedor Walbert Carvalho explicou porque não entregou cópias do resultado da sindicância aos participantes da entrevista coletiva. “Nem mesmo os médicos envolvidos estavam sabendo do resultado. Vamos elaborar um documento e entregar a cada um deles comunicando a posição do Conselho. Cabe a eles divulgar ou não”, destaca.
Quanto ao fato de ter havido precipitação por parte da direção do Huse, Walbert Carvalho informou que o caso será analisado. “Não sou eu quem condeno ou absolvo. As decisões tomadas aqui no Conselho de Medicina são colegiadas e caso seja constatada alguma culpabilidade, as providências serão tomadas, desde que os médicos sejam inscritos no Conselho de Medicina de
Sergipe”, adianta.
Todos inocentes
O corregedor relatou ter tido todo um cuidado quanto ao posicionamento dos acusados. “A Justiça Mundial não é a do Brasil. Aqui todos são inocentes e agiram corretamente até que se prove o contrário. Não é admissível que um atestado seja falso. Na sindicância, tomamos o cuidado de verificar a mais profunda verdade”, garante Walbert Carvalho.
“Dos quatro atestados apresentados, uma médica estava de licença até 10 de janeiro, tendo sido avaliada também pelo médico da perícia, o segundo foi atendido no serviço de urgência, o terceiro, a médica ficou doente de trabalhar demais, ou seja, por 24h seguidas, estando afônica e o quarto atestado foi
apresentado porque o profissional estava com gastroenterite, inclusive a médica que atendeu veio aqui ao conselho relatar que durante o atendimento, a paciente teve crises de vômitos e diarréia”, explica.
Os demais envolvidos já tinham sido demitidos no início de dezembro, mas continuavam trabalhando e recebendo por meio de Recibo de Pagamento Autônomo (RPA), com valores acima dos que são utilizados na tabela de plantões. “Nós sabemos que isso se configura uma irregularidade do ponto de vista trabalhista e ética, mas acreditamos que foram trabalhar demitidos para colaborar com os colegas sobrecarregados nos plantões e porque o dinheiro pesa”, enfatiza.
Categoria arranhada
O presidente do Sindicato dos Médicos de Sergipe, José Menezes, acompanhou a coletiva e afirmou que a entidade vai entrar com ação na justiça em favor dos denunciados. “Foi colocada aqui o resultado mostrando que os médicos não tiveram culpa e agora o Sindimed se coloca a disposição dos profissionais para entrar com ações indenizatórias na Justiça. A categoria está arranhada”, lamenta.
*Infonet

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