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terça-feira, 30 de novembro de 2010

FILHOS DE GALINDO SE ENTREGAM APÓS CONDENAÇÃO POR ROUBO DE URNAS

O Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe decidiu por unanimidade manter a condenação de José Milton Galindo Ramos, Genilson Galindo Chaves, Genivaldo Galindo da Silva, Carlos Roberto Damasceno, José Élio Avelino, Floro Calheiros Barbosa e Marcos Fernando Nunes. O grupo é acusado pelo roubo de urnas no município de Canindé do S. Francisco, em março de 2007. A audiência foi realizada nessa segunda-feira (29) e os votos seguiram a decisão do relator juiz Jose Anselmo de Oliveira.
Após a decisão José Milton Galindo Ramos, Genilson Galindo Chaves e Carlos Roberto Damasceno se entregaram na manhã desta terça-feira (29). Marcos Fernando Nunes, conhecido como "Muganga", foi preso no último dia 19 em Alagoas pela participação no assassinato do deputado estadual Joaldo Barbosa. Já Floro Calheiros Barbosa continua foragido da justiça. Genivaldo Galindo da Silva, que era prefeito de Canindé na época do crime, estar em prisão domiciliar por outro crime, deverá se entregar nesta quarta (1º)
Por fim, o relator acolheu o recurso do Ministério Público Eleitoral e também condenou o então delegado da cidade, Álvaro Bento dos Santos, como executor e beneficiário do crime, posto na época dos fatos era o delegado municipal, pessoa sobre a qual pesava a responsabilidade de resguardar a segurança dos cidadãos.
O juiz Jose Anselmo de Oliveira apontou que Álvaro é acusado de diversos crimes, principalmente de extorsão e outros praticados sempre sob o manto da cobertura da autoridade. O ex-delegado também é acusado de dificultar a elucidação do crime, ditando regras quando do depoimento do vigilante José Carlos, na fase investigativa. Assim, pelo crime de roubo fixou a pena base em seis anos de reclusão e por incidir duas causas de aumento, previstas no artigo 157, § 2º, incisos I e II, do Código Penal, aumentou a pena em um terço, chegando ao total de oito anos de reclusão.
Roubo das urnas
Na eleição municipal em 1996, Genilvado Galindo foi eleito para prefeito do município de Canindé. Não satisfeito com o resultado, a coligação da qual fazia parte o candidato a prefeito derrotado, Jorge Luiz Carvalho Santos, moveu uma ação para recontagem dos votos em todas as urnas do município. O TRE-SE acatou o recurso e decidiu recontar.
Esse fato motivou algumas comemorações na cidade, bem como foi alvo de preocupação do grupo eleito. Em Canindé do São Francisco e região circulava o boato que o fórum seria alvo de atentado, seja incendiado, seja invadido, cujo objetivo era impedir a referida recontagem. Interessados passaram a pernoitar em frente a esta repartição, velando pela sua segurança. Autoridades foram informadas.
Na madrugada do dia 10 de março de 1997, em uma ação planejada, um grupo de pessoas vestidas de uniformes militares se dirigiu ao Fórum Dom Juvêncio de Brito, que foi invadido e as urnas subtraídas do gabinete do juiz José Amintas Noronha Menezes. Segundo a denúncia, o então delegado de polícia Álvaro Bento e um policial militar identificado por Menezes se dirigiram ao vigilante José Carlos Soares e, mediante grave ameaça, sob a mira de armas, o dominaram, algemaram, vendaram seus olhos e o colocaram em uma cadeira no corredor do fórum, enquanto os demais roubavam as urnas.
Com informações do TRE

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