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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

ELEIÇÃO NÃO MOTIVOU ATENTADO, DIZ A ESPOSA DE PRESIDENTE DO TRE-SE LUIZ MENDONÇA

A procuradora-geral de Justiça de Sergipe, Maria Cristina Mendonça, mulher do presidente do Tribunal Regional Eleitoral do estado, desembargador Luiz Antônio Araújo Mendonça, afirmou que o marido não atribui o atentado que sofreu nesta quarta-feira (18) ao período eleitoral.
Segundo ela, o episódio poderia estar ligado a outras funções exercidas pelo desembargador ao longo da carreira, mas não com o cargo que ele ocupa na Justiça Eleitoral.
“Ele não atribui nada disso à função eleitoral. O trabalho no TRE está correndo de forma bastante tranquila. Ele é um homem de vida pública, já foi promotor de Justiça, é presidente da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do estado, já foi secretário de Segurança do estado. O clima eleitoral no estado é muito tranquilo”, disse a mulher do presidente do TRE-SE.
Ela contou que, no momento dos disparos, o carro do desembargador e o outro veículo que a levava para o trabalho estavam parados em um semáforo. Ainda no hospital, o desembargador prestou depoimento à polícia, mas a procuradora preferiu não falar sobre as investigações. Atingido, o
motorista do desembargador também está hospitalizado.
“A polícia já tem linhas de investigação e eu prefiro deixar a cargo deles a tarefa de identificar os responsáveis”, disse Maria Cristina Mendonça. Ela disse também que o desembargador está fora de perigo, recebe visitas de amigos e colegas magistrados.
Mais cedo, o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, afirmou que
agentes da Polícia Federal vão trabalhar na investigação do atentado contra o presidente do TRE-SE. O pedido foi feito pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, que cancelou sessão extraordinária da Corte nesta quarta e viajou para Sergipe.
De acordo com a mulher, Mendonça vai passar a noite no hospital em observação. O presidente do TRE passa bem, mas ainda tem fragmentos de projéteis alojados no couro cabeludo.“Ele pretende voltar às atividades normais o quanto antes. Vamos pensar ainda no que fazer sobre a segurança. Com certeza, qualquer pessoa que sofre atentado precisa ter mais cautela. Ele vai querer ouvir os conselhos da Secretaria de Segurança”, afirmou a procuradora.

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