"Sem medo da verdade."

sábado, 4 de outubro de 2008

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Dataform mostra Edvaldo com queda de 3 pontos, e Mendonça passando Almeida
Surpresa. Aliás, surpresas. Pela primeira vez nas oito rodadas de pesquisas promovidas pelo Dataform sobre a sucessão de Aracaju o candidato a prefeito Edvaldo Nogueira, PC do B, apresentou queda substancial – ele perdeu 3 pontos percentuais em relação à última pesquisa feita no dia 25 de setembro, e aparece agora com 46,1% das intenções de votos na questão estimulada. A única vez em ele ‘perdeu’ ponto, desceu de 49,6% para 49,1% - ou seja, 0,5%. Ao descer agora de 49,1% para os 46,1%, são 3 pontos percentuais a menos.
A outra surpresa é que esta é a primeira vez em que o candidato do DEM, Mendonça Prado, bota a cabeça à frente do candidato Almeida Lima, do PMDB. Ele aparece com 18,5% e o peemedebista com 17,4%, índice mais baixo conseguido por Almeida nesta campanha. Na pesquisa do dia 25 de setembro Almeida tinha 19,9% e Mendonça, 12,6%.
A outra surpresa é que o candidato Anderson Gois, PC do B, que na pesquisa do dias 25 tinha ultrapassado pela primeira vez a candidata Vera Lúcia, do PSTU, agora voltou a ser por ela ultrapassado, e manteve-se em sua quinta colocação de sempre – ele tem 2,1% e ela foi a 5,1%, índice ao qual também jamais ela havia chegado antes. Na pesquisa de 25 de setembro, Gois tinha 3% e Vera, 2,5%.
Pelo questionário estimulado, há ainda 4,1% de indecisos, 4,9% que se disseram dispostos a votar em branco e 1,8% de eleitor que não soube ou não quis responder. A pesquisa Dataform entrevistou na sexta, dia 3, 800 aracajuanos. A pesquisa está registrada no TRE sob o número 153/2008 e tem margem de erro de 3,5%.
Tem ou não tem segundo turno?
Pelo questionário espontâneo, Mendonça continua em segundo lugar e Edvaldo mantém sua tendência de queda. O comunista tem 43,9%, o demista 15,4% e o peemedebista, 14,8%. A seguir, vem Vera com 3,5% e Anderson com 1,5%. São indecisos ainda 8,8%, outros 5,9% disseram que votariam em branco ou nulo e 5,1% não souberam ou não responderam. Ou seja, somando indecisos com os que disseram não saber em quem votar, têm-se 13,9%.
Pelos votos válidos, Edvaldo Nogueira tem 51,68%, Mendonça 20,73%, Almeida 19,47%, Vera 5,74% e Anderson, 2,38%.Desde a quarta pesquisa do Dataform, feita em 3 de setembro, que Edvaldo Nogueira abriu índices – 44% - que lhe davam possibilidades de vencer as eleições em primeiro turno.
Na de 25 de setembro, ele se apresentava assim: com 11,1 pontos percentuais à frente do grupo na questão induzida, com 15,1 pontos percentuais na questão espontânea, ou 12,77 pontos na soma dos votos válidos.
Com os resultados da pesquisa de ontem, a posição de Edvaldo é a seguinte, e bastante reduzida em todas as três modalidades: apenas 3 pontos percentuais à frente do grupo na questão induzida, 8,2 pontos percentuais na questão espontânea, ou 8,5 pontos na soma dos votos válidos.
Em tese, como todas as modalidades de vantagens ainda estão com ele, cabe dizer que é o favorito a vencer no primeiro turno. Mas isto pode não se confirmar. Se a vantagem de Mendonça for uma tendência, as coisas perigam para o comunista.
O que terá ocorrido com Edvaldo Nogueira? Terá sido o efeito dos três debates de televisão? Se foi, por que este efeito não contemplou Anderson Gois, que em tese teria tido um excelente desempenho nos três eventos e caiu nos índices de preferência? E por que Mendonça cresceu e passou Almeida? Enfim, os dados estão rolando e em menos de 48 horas sabe-se o resultado desta caixa preta.
Opinião do CINFORM
Não se deixe levar
Eleição é coisa séria. Com ela mudam-se os destinos das comunidades locais, regionais ou nacionais, e mantém-se o sistema democrático em pé. Mas para que isso ocorra, ela deve ser limpa, transparente. Livre do poderio econômico, livre do abuso de poder de quem está em cargos e mandatos.
Neste momento, o eleitor é senhor soberano. E deve ser livre em sua consciência. Esta liberdade pressupõe que ele vote, inclusive, sem levar em conta o que dizem os institutos de pesquisa – seja o Ibope, seja o Datafolha, seja o Dataform.
Mesmo porque, o papel dos institutos não é o de carrear, cabalar, buscar ou mudar o voto de ninguém. A boa pesquisa tem por finalidade servir de base à informação da sociedade, sejam aos candidatos, sejam aos eleitores. E a boa informação não quer, necessariamente, mudar os rumos de votos, não aspira interferir na mudança de destino e desempenho deste ou daquele candidato.
Nesta eleições, o Dataform manteve o seu compromisso de sondar as comunidades sergipanas e trazer os resultados para que estas mesmas comunidades se vejam refletidas. Mas o Dataform, nem o seu órgão mantenedor, que é o CINFORM, não vota.
Mais do que isto: não está interessado, e nem desinteressado, no desempenho específico de candidato algum. O Dataform e o CINFORM estão interessados em eleições limpas e em pessoas saudáveis no comando da coisa pública. Isto depende de você, eleitor. De você e de sua consciência, unicamente. Bom voto, boa eleição.

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