"Sem medo da verdade."

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Clientelismo X Fisiologismo Político

  Uma das práticas mais nocivas e condenadas no mundo político são o Clientelismo e o Fisiologismo, isto é, a compra e venda de apoio político em troca da violação dos princípios éticos e morais do cidadão. É comum vermos esse tipo de corrupção em todos os níveis de governo e principalmente no norte e nordeste do país, e para tentar ludibriar a falha de raciocínio do eleitor ainda o político clientelista e fisiologista sai dizendo em bom tom : “ A política é dinâmica “ . E para completar, o cidadão carente e sem educação adequada comercializa sua dignidade e cidadania  por mercadorias e favores. Pior que o corrompido, muitas vezes apedeuta e na falência social, são os corruptores que apoiados na força política e no poder, corrompem a dignidade humana com o dinheiro público e programas sociais, como a cesta básica e bolsa família municipal que são moedas de troca nesses cambalachos e arrumações políticas.
Mas, o que são Clientelismo e Fisiologismo na prática política ?
O clientelismo está diretamente ligado à corrupção, demagogia, compra de votos, enriquecimento ilícito, lobismo, falsidade ideológica, favoritismo, tráfico de influência, propaganda enganosa, inversão de valores, imoralidade, desonestidade, uso da máquina pública para fins eleitoreiros, perseguição política etc. adjetivos qualificativos amorais que muitas vezes enfeitam os currículos sujos e condenados de políticos desonestos que usam do suborno e falcatruas para se promoverem e elegerem.
O fisiologismo são práticas políticas visando ao interesse próprio ou de grupos suspeitos. Evidenciam o fisiologismo: o nepotismo, licitações ilícitas, nomeações fantasmas, superfaturamento, troca de favores, falsidade ideológica, caixa 2, sonegação de impostos, mensalões, eleições fraudulentas,  etc, comportamentos individuais e atitudes pessoais com abuso de autoridade que denigrem à administração dos bens públicos e sociais.
Às vezes é difícil distinguir o que é clientelismo e fisiologismo. A linha diferencial dessas modalidades se confunde prejudicando o juízo e aplicação da lei. Nas práticas ilícitas o ato quase sempre é pessoal ou de grupo, na formação de conluio e quadrilha. Qualquer cidadão com provas reais pode denunciar esses crimes ao Ministério Público.
   São comuns (mas não deveria ser) os acordos de distribuições de cargos e outros favorecimentos, entre os poderes Executivos e Legislativos, seja em que esfera for o executivo, tenta obter a maioria (ou total) do efetivo do legislativo, para poder assim ter seus atos, decretos e feitos aprovados. O legislativo por sua vez, redistribui os favores obtidos (OBRAS, VAGAS, CARGOS Etc.) entre seus apoiadores de campanha, lideranças e outros colaboradores. E aí, toda vez que no transcorrer dos mandatos, o primeiro (EXECUTIVO) deixa de cumprir o acordo ou parte dele. O segundo (LEGISLATIVO) tomado (quase sempre) por revolta, busca então entre seus pares motivos para a implementação de medidas ameaçadoras e muitas das vezes até chantageadoras contra o outro, implantando as chamadas comissões de apurações de supostos envolvimentos ilícitos do executivo em contratos entre este e fornecedores, prestadores de serviços e outros.
  Desta forma, pensam os "digníssimos defensores da ética, moral e bons costumes" que o suposto "infrator", ao sentir ameaçado o seu mandato. Correndo o risco do impedimento e cassação, volta atrás e a festa continua, com todos vivendo e convivendo felizes e contemplados. Enquanto que o povo, o único que deveria por fato e direito, ser o maior beneficiado em suas necessidades, por aqueles que eles levaram ao poder na esperança de melhorias e benfeitorias em seu país, seu estado ou município, assiste de suas ruas esburacadas, precárias do mínimo essencial, saneamento, água, asfalto e coleta de lixo. Ir junto com a lama e esgotos a céu aberto em direção aos rios e açudes poluídos, levando junto em sua enxurrada, a precariedade da saúde, do transporte, da habitação da educação e tantos outros itens necessários a uma vida decente e civilizada.
 POR HÉLIO DUTRA

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