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terça-feira, 12 de março de 2013

“UTI do HPM só pode funcionar com técnicos preparados”, avalia Angélica Guimarães

Durante o anúncio feito na manhã de hoje (12), pelo deputado estadual Capitão Samuel (PSL), de que a UTI do Hospital da Polícia Militar estaria fechada, a presidente da Assembleia Legislativa, deputada estadual Angélica Guimarães (PSC), pontuou que a decisão de fechar a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) foi acertada pelo fato dela ser deficiente de técnicos preparados para exercer aquela função. Angélica entende que o HPM poderia ajudar realizando cirurgias ortopédicas ou acabar com as filas de espera de outras especialidades.
Ao fazer um aparte, Angélica disse que “eu fui estagiária do Hospital da PM, fui médica lá e operei por sete ou oito anos. Participei da história daquela Unidade de Saúde. O Estatuto do HPM diz que ele é um hospital para os servidores civis e militares. Não é para atender apenas os militares, como muita gente pensa! Sou da época em que doutor Sávio Paiva Mendonça e aquele hospital não servia só a militares. Também servia aos pacientes do Sistema Único de Saúde. Sou da época que o HPM vivia lotado de pacientes”.
Em seguida, a presidente da AL disse que “fiz várias cirurgias lá, quando apenas me dedicava à atividade médica. Ajudei muitas cirurgias gerais. Trabalhei intensamente lá. O HPM parecia um hospital particular, com higiene e medicamentos. Não faltava nada! Ao longo do tempo houve a decadência dos serviços produzidos e depois passou só a atender os pacientes do IPES. No início da gestão de Rogério (Carvalho) proibiu que se
atendesse pelo SUS e passou somente a atender os pacientes militares ou oriundos do pronto atendimento do IPES Saúde”.
A deputada explicou que pelo fatos das instalações não serem adequadas, houve um equívoco quando imaginaram que os servidores públicos iriam preferir o internamento no HPM. “As pessoas têm o direito de decidirem onde querem ser internadas. Preferiram serem internadas nos hospitais particulares, onde a estrutura física era melhor e onde a equipe médica era mais completa. Não queriam ficar no HPM que ficou ocioso. Não atendia aos SUS e os servidores do IPES Saúde não queriam ficar internados lá”.
Angélica Guimarães ainda acrescentou que o governo do Estado precisa urgente tomar uma posição. “Ali poderia ser transformado em um Hospital da Ortopedia tranquilamente. Agora para se ter uma UTI funcionando, ela precisa de especialistas trabalhando, com capacidade. Um dia tem um especialista em UTI e no outro dia não tem. Para trabalhar em UTI tem que ter formação. O que eu não quero para mim, eu não quero para os outros”.
A presidente da AL ainda colocou que os servidores que vão para lá não podem ser atendidos por alguém que não tem formação de acordo com a vigilância sanitária”.Aí tem que fechar mesmo! Quero que abra o HPM com a UTI composta por profissionais capacitados, que atendam a contento e com equipamentos adequados para os serviços. Tinha que fechar mesmo! Espero que a Secretaria de Saúde faça com que o hospital tenha uma nova missão. Por que não atender ao SUS se os servidores com planos privados não querem ir para lá?”, questionou.
Por fim, ela colocou que um hospital não pode ficar ocioso. “Com tantas filas para tantas especialidades, a Ortopedia poderia ficar concentrada lá. Conheço tudo no HPM, da cozinha a UTI e ali é um bom espaço físico sim! Sei como funciona e ele precisa ser muito utilizado para dar boa qualidade de atendimento. E não tem nada no Estatuto do HPM dizendo que só deve atender a militares. Lá pode atender a civis também e aos mais carentes. Mensalmente aquele hospital fazia uma média de 500 procedimentos cirúrgicos/mês”.
Da Assessoria de Imprensa

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