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quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

POLICIA INDICIA CINCO POR MORTES NA FONTE NOVA

Os dirigentes Ednaldo Rodrigues, Petrônio Barradas e Virgílio Elísio, além dos servidores públicos Bobô e Nilo Santos Júnior foram indiciados pela tragédia que matou sete torcedores na Fonte Nova, em novembro do ano passado, durante um jogo do Bahia na Série C do Campeonato Brasileiro. Este é o resultado do inquérito divulgado ontem pela delegada de polícia Marilda Luz.
O processo será enviado hoje ao Tribunal de Justiça da Bahia. "Todos eles sabiam que o estádio tinha a estrutura deficitária", disse.
O presidente da Federação Bahiana de Futebol, Ednaldo Rodrigues foi indiciado por homicídio doloso, pois ficou comprovado que tinha conhecimento dos problemas estruturais do estádio. Segundo a delegada Marilda, o presidente do Bahia, Petrônio Barradas, que exerce o cargo com a participação assídua do conselheiro Paulo Maracajá, tido como o "eterno" presidente, está na mesma situação de Rodrigues porque nada fez para evitar a tragédia.
Também vai responder o diretor de competições da CBF, Virgílio Elísio, responsável pela programação do jogo Bahia x Vila Nova, pela penúltima rodada da Série C.
Os torcedores caíram da altura de um prédio de cinco andares depois que se abriu um buraco na arquibancada. O empate por 0 a 0 garantiu o acesso do Bahia à Série B.
O diretor da Superintendência de Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), Raimundo Nonato Tavares da Silva, o ex-jogador Bobô, um dos maiores ídolos da história do Bahia, foi outro indiciado por homicídio doloso, pois, segundo a delegada, poderia ter vetado a Fonte Nova, apesar da pressão do Bahia e da FBF, que pretendiam obter uma renda maior no jogo.
Já o engenheiro da Sudesb Nilo Santos Júnior foi indiciado por homicídio culposo, por não ter poderes para determinar a interdição do estádio, embora soubesse que as instalações não ofereciam segurança, como já estava evidenciado - a Fonte Nova foi considerada um dos estádios em pior estado de conservação do País numa pesquisa feita em outubro pelo Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Construçã.(Tribuna)

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