O Senado escolhe nesta quinta-feira os parlamentares que vão ocupar os cargos de suplentes da mesa diretora. A definição estava prevista para acontecer ontem, mas o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), adiou a reunião na qual os nomes seriam apresentados, após impasse dos partidos em relação aos senadores que vão compor as comissões permanentes. Isso porque as vagas de suplentes vão fazer parte da negociação dos cargos nas comissões.
A Comissão de Infraestrutura é cobiçada pelo PT e o PSDB. Os tucanos argumentam que a composição dos cargos deve respeitar o critério da proporcionalidade de cada bancada. Com a terceira maior bancada, o PSDB reivindica o posto. Alega que abriu mão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), consideradas as duas principais, para os dois partidos com maior representação na Casa. No caso, PT e PMDB.
Já os petistas querem que os postos sejam distribuídos conforme o tamanho dos blocos partidários formados ao longo desta semana. Líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT-PE) não descarta a possibilidade de ocorrer uma disputa no voto pelas comissões mais concorridas. "Nenhuma possibilidade está descartada. Em principio, nós não queremos fazer isso. Continuo apostando e acho que vai acontecer um acordo", disse.
O PT quer indicar o senador Lindbergh Faria (PT-RJ) para a Comissão de Infraestrutura. O PSDB ainda não se definiu entre Marisa Serrano (PSDB-MS) e Lúcia Vânia (PSDB-GO). Apesar do impasse em torno dos postos nas comissões permanentes, o preenchimento dos cargos de suplentes na mesa diretora não deve provocar atritos entre os partidos.
Se for mantido o critério da proporcionalidade de cada bancada, o DEM indicará a senadora Maria do Carmo Alves (SE); o PT, a senadora do PCdoB Vanessa Grazziotin (AM); o PDT, o senador João Durval (BA); e o PMDB, o senador Gilvam Borges (AP).
(Fernando Taquari | Valor)
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