Ao prestar contas do primeiro mandato, e traçar a trajetória para os próximos quatro anos, o governador Marcelo Déda deixou claro na mensagem de abertura dos trabalhos legislativos, nesta terça-feira, 15, que manterá o ritmo de investimentos na economia, e que o desenvolvimento do setor tem sido uma eficiente ferramenta de combate à pobreza. Aos deputados, o governador deixou claro que espera contar com o parlamento para prosseguir suas metas de governo e de expansão da economia.
Marcelo Déda afirmou que o papel do governo é garantir a inclusão social dos sergipanos “pelo direito e pela renda”, princípios que definiram a sua natureza e orientaram suas ações. “Entendemos, também, que esses objetivos assumidos em praça pública somente poderiam ser cumpridos com o equilíbrio das finanças públicas”. Segundo ele, sanear as finanças foi uma das principais realizações da sua gestão, apesar da crise do sistema financeiro mundial em 2009.
Apesar das dificuldades, pontuou Marcelo Déda, o Estado investiu um montante de 501,27 milhões de reais. “Nos quatro anos, os investimentos alcançaram a notável cifra de 1,14 bilhão de reais, um incremento extraordinário de 70,8%, em termos nominais, frente à quantia de 665,2 milhões de reais do quadriênio 2003-2006”. Graças ao ajuste fiscal, explicou o governador, foi possível enfrentar a crise e manter a expansão dos investimentos programados.
Com empregos, observou o governador, foi possível atacar a pobreza da população. Déda lembrou que um dos alvos da política de desenvolvimento foi o interior. “A (fábrica) Dakota, em Simão Dias, ofertava 400 empregos diretos e em junho deste ano estará empregando três mil pessoas. Atualmente, 51,5% dos empregos criados foram para o interior”, comemorou, lembrando que esse percentual era de 32% no governo anterior. “Conseguimos a inclusão social pela renda”.
A liderança do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, de acordo com o governador, foi preponderante para alavancar as políticas de expansão da economia sergipana e a geração de emprego e renda. O governador disse que seu discurso, com dados técnicos, não poderia se assemelhar ao discurso da posse, com conteúdo político, emotivo. “Aqui há que ter dados e referências. Ouvi algumas vezes discursos contrários, mas a batalha a ser feita é a dos dados. Sergipe mudou, mas há setores que precisam mudar mais”, destacou.
De acordo com Marcelo Déda, em 2006, quando assumiu o governo pela primeira vez, 30,8% da população em Sergipe vivia com menos de um quarto (¼) do salário. Em 2010, esse percentual caiu para 22,5%. “É o segundo menor do Nordeste. Sergipe e Rio Grande do Norte estão na vanguarda das estatísticas sociais e econômicas da região”, comentou o governador, afirmando que o Estado avançou nos dados econômicos e sua feição (social) também mudou. “Está mais justo, distribui melhor sua renda. Hoje ousamos sonhar com a erradicação da miséria em 2016”, prevê.
Marcelo Déda disse que nos próximos quatro anos seu dever é “devolver Sergipe aos sergipanos”, com ações de desenvolvimento e senso de justiça social. “O foco continua sendo a inclusão social pela renda e pelo direito. Mais oportunidades virão com investimentos em setores produtivos, com a rápida aceleração da economia”. O governo, enumerou Déda, vai apoiar a agricultura familiar. “O campo pode ser o esteio que vai gerar desenvolvimento”.
“A tarefa de combater a pobreza e promover a inclusão não pode ser lastreada apenas em políticas de assistência social. A sustentabilidade do progresso social precisa ter por alicerce o desenvolvimento econômico do nosso Estado, gerando oportunidades de emprego para o nosso povo, no campo e na cidade, nos serviços e na indústria, na agricultura e no comércio”, narrou Déda, lembrando aos deputados que o Estado precisa se afirmar como indutor do desenvolvimento, tendo sempre em vista a necessidade do desenvolvimento social.
“(Sergipe) Precisa criar condições para o crescimento das empresas, ao mesmo tempo em que garante melhores condições para os trabalhadores. Isso quer dizer tratar o setor privado com transparência e ética. Por isso fortalecemos Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial, que estabeleceu os princípios e objetivos dessa política e norteou nossas ações”. O governo, citou Marcelo Déda, atraiu 110 novas indústrias para Sergipe entre 2007 e 2010. Foram criados 2.945 empregos formais na indústria, resultado 56,4% superior ao do quadriênio 2003-2006.
Segundo o governador, a construção civil gerou 4.244 empregos nos últimos quatro anos, superior aos 3.730 empregos do período anterior. “Também nos esforçamos para evitar que empresas já instaladas aqui fossem embora, fazendo da nossa política de desenvolvimento industrial um jogo de soma zero. E quero citar aqui o exemplo da Azaléia, que em 2006 estava fechando a unidade de Itaporanga e empregava 1600 trabalhadores. Hoje ela emprega três mil e quinhentos trabalhadores. Ou ainda a Leite de Rosas, que transferiu toda a sua produção do Rio de Janeiro para Sergipe”, observou.
Déda disse que combater a miséria com desenvolvimento é sua meta principal neste novo mandato. “É uma meta ambiciosa, e que até há alguns poucos anos pareceria apenas um sonho, ou discurso vazio. Mas isso agora é possível. Pelo crescimento econômico que Sergipe e o Brasil viveram nesses últimos anos, decerto; mas também pela mudança no enfoque da assistência social realizada pelo Governo de Todos”.
*Alese
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