O primeiro desafio de Dilma Roussef, eleita presidente da República, será o de compor o ministério contemplando as diversas forças políticas que a elegeram e, ainda, dar à equipe uma marca pessoal. A maior curiosidade fica por conta dos cargos que definem o rumo da economia e a gestão administrativa: o Ministério da Fazenda, o Banco Central e a Casa Civil. Em algumas ocasiões, Dilma externou o desejo de ter um maior número de mulheres em sua equipe de governo.
A grande dúvida que há é sobre o destino de Antonio Palocci, depois de ele ter acompanhado Dilma em toda a campanha e ter sido uma espécie de avalista do programa econômico do governo dela. Palocci não voltará ao Ministério da Fazenda. Ele gostaria de ocupar a Casa Civil para, assim, de preparar para uma disputa nacional, na mesma trajetória de Dilma Rousseff. Mas poderá ficar em um ministério temático como o da Saúde ou uma das áreas de infraestrutura ou até mesmo uma importante e empresa estatal, como Petrobras ou Vale.
O presidente Lula tem dito a aliados que Dilma deve montar uma equipe de sua confiança. Ao mesmo tempo, porém, diz que gostaria de indicar “uns seis amigos” para o futuro governo. Assim, para atender a Lula, Guido Mantega é cotado para continuar à fretne do Ministério da Fazenda. Ele é afinado com o pensamento ecoNômico de Dilma, mas, segundo um aliados, “Dilma será a ministra da FAzenda” – ele quis dizer que ela irá opinar na condução da economia, assim como fez Lula ao longo de seu mandato. Há sugestões, ainda, para que ela mantenha Henrique Meirelles no Banco Central. Assim, Dilma teria a Casa Civil para preencher com escolha própria. Um dos nomes cotados é da diretora da Petrobras, Graça Foster.
Outro cargo considerado estratégico para Dilma Roussef é o Ministério das Comunicações. A volta de Hélio Costa foi rechaçada pelo presidente Lula e a idéia de Dilma é dar à pasta a diomensão de importante área de infraestrutura. Uma de suas promessas de campanha foi a ampliação do sistema de banda larga. Por isso, Dilma disse que quer ter um competente gestor à frente do Ministério deas Comunicações e que ao mesmo tempo tenha bom trânsito com os meios de comunicação.
Os partidos políticos já estão em disputa por cargos no ffuturo governo Dilma. O PSB, por exemplo, que elegeu seis govenadores, tem manifestado interesse em ter o comando de um ministério em que possa comandar políticas públicas importantes – como ministério das Cidades, da Integração Nacional ou dos Transportes. Há o interesse, ainda, do PT de dar uma vaga na equipe ao senador Antonio Carlos Valadares (SE) que, com sua saída, abriria a vaga no Senado para José Eduardo Dutra, seu primeiro suplente.
*Cristiana Lobo - O Globo
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