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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

TIRIRICA “NÃO CONVENCEU” EM TESTE DE ALFABETIZAÇÃO, AFIRMA PROMOTOR

O promotor eleitoral Maurício Ribeiro Lopes disse nesta quinta-feira (11) que o teste de alfabetização feito pelo deputado federal eleito Francisco Everardo Oliveira Silva (PR-SP), o humorista Tiririca, não convenceu.
Ele afirmou que o juiz Aloisio Rezende Silveira, responsável pelo caso, teria dificultado a atuação da promotoria no caso. A audiência realizada hoje no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo, em que Tiririca foi submetido a exames de escrita e leitura, durou 13 horas e terminou sem uma sentença.
- Eu não fiquei satisfeito quantitativamente e qualitativamente.
Segundo Lopes, o deputado eleito, além de errar muito no ditado, quase não conseguiu ler os dois textos de um jornal dado a ele.
- Mas a leitura dele é melhor que a escrita.
O promotor adiantou que vai entrar com um mandado de segurança contra o que chamou de “cerceamento à Procuradoria”, já que as “provas” contra o humorista não teriam recebido a atenção devida do juiz.
- O MP queria que o Tiririca fizesse a perícia oficial e isso foi indeferido [...] [Vou entrar com o mandado], se não amanhã (11), no primeiro momento possível. Ele disse não ter dúvidas sobre a má alfabetização do humorista, eleito deputado com 1,3 milhão de votos. Embora tenha feito os exames, Tiririca não aceitou ser submetido a uma perícia grafotécnica que comprovaria que a assinatura em seu pedido de registro eleitoral é mesmo dele.
Lopes ressaltou que o próprio humorista teria admitido, em depoimento, que sua mulher pegou em sua mão para ajudá-lo a assinar o registro de candidatura. Além disso, a assinatura não teria sido feita na presença de um representante da Justiça Eleitoral - o que, segundo ele, é obrigatório.
- No meu juízo de valor, houve crime de falsidade ideológica.
Tiririca não quis falar com a imprensa, mas, antes de entrar em seu carro, mostrou um cartaz sugerindo a adoção de animais. Do estacionamento, gritou que trabalhará pela causa.
- Vou lutar por isso no Congresso.

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