O líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), ocupou a tribuna na tarde de hoje (02), para repudiar o que ele entendeu por agressão aos profissionais da Medicina em Sergipe o ofício encaminhado pelo governador Marcelo Déda (PT), ao presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto Luiz D’Avila, pedindo o apoio para a implantação do curso de Medicina no Campus da Universidade Federal de Sergipe (UFS) em Lagarto. O pedido foi negado pelo CFM por “condições inadequadas de trabalho para a categoria, além da carreira de Estado que reflita a dignidade da profissão médica”.
No ofício, assinado pelo governador, consta a declaração que “é fato muito conhecido que os médicos em Sergipe concentram suas atividades laborais na capital, seja pelo fato de o mercado de trabalho ter melhores condições e ser mais especializado, seja pelo hábito cultural relacionado ao acesso a bens e serviços mais sofisticados. Não fazem parte dos anseios profissionais fixar residência e atuar no interior, porque trabalhar na capital está relacionado ao reconhecimento do sucesso profissional”.
“Outro tema a ser enfrentado é a atitude dos profissionais de saúde em geral, e dos médicos em particular, cujas práticas guardam um grau de degradação dos valores éticos e falta de compromisso com o cuidado aos pacientes, configurando uma prática médica degradada, que atua, por um lado, com um paradigma científico defasado e, por outro, como uma prática técnica e ética não comprometida com o cuidado do paciente”, completa o governador na nota.
Por fim, Marcelo Déda ainda cita que “a maior parte dos profissionais médicos é formada em nossas escolas sob a égide do trabalho médico liberal, num paradoxo enorme em relação aos cenários de ensino, a maioria deles realizada em serviços públicos do SUS. Boa parte dos docentes e estudantes conhece parcialmente a rede de serviços pública, pois sua formação está concentrada no hospital universitário, que nem sempre tem uma integração efetiva com o SUS”.
Venâncio lamentou o teor do ofício e disse que “fico solidário com a categoria pelas agressões sofridas. Neste ofício encaminhado ao presidente do Conselho Federal de Medicina. Nem a deputada Angélica Guimarães (PSC), que é médica, deve ter acreditado nisto. Foi o maior desrespeito com a classe médica de Sergipe, que vive no dia a dia para salvar vidas. E, para encobrir a sua deficiência na área da Saúde, o governo do Estado foi muito infeliz com este ofício. E ainda vem a secretária de Saúde, Mônica Sampaio, e diz que o governador assinou sem ler. Aí ficou ainda pior. Assinar um documento sem ler! É inacreditável! Vem agora uma nota pedindo desculpa que é de fazer pena”.
Em seguida, Venâncio Fonseca leu em plenário um trecho da nota do presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Sergipe (Cremese), Dr. Henrique Batista e Silva, avaliando que o ofício do governador “agride gratuita e espontaneamente, mais uma vez, os profissionais de saúde em geral e em particular os médicos quando numa generalização absurda e injusta”. Na nota, Henrique Batista colocou ainda que “com certeza, criadas tais condições pelo Governo, não faltarão profissionais, inclusive oriundos de outros Estados. Inaceitável é, na justificativa de um projeto, a agressão generalizada à classe médica e sua instituição formadora, que mantém a saúde do Estado – as quais não podem ser responsabilizadas pelo caos administrativo vigente”.
Venâncio ainda destacou o artigo “Governador Déda e a UFS versus os médicos de Sergipe”, no site do Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed/SE), de autoria da médica e da presidente do Círculo Brasileiro de Psicanálise, Déborah Pimentel, que ensina Medicina Legal e Ética Médica no Departamento de Medicina da UFS.
“O plano de cargos e salários a categoria esperou até agora. Já estamos no final do governo e até agora nada. Assim como aquele projeto da gestão democrática. Imagine se agora, nestes dois meses de campanha, se este projeto não chega. É uma falta de respeito com a categoria e a oposição fica solidária. Sergipe mudou sim, mas para pior. O médico que ler isso é para ficar chocado. O retrato da Saúde em Sergipe foi aquela cidadã que se acorrentou na porta de um posto para ser atendida”, completou.
Em aparte, o deputado Augusto Bezerra disse que “fico solidário ao pronunciamento e a Saúde de Sergipe é um caso de polícia. Primeiro a secretária disse que ele não tinha assinado e depois disse que assinou sem ler. A verdade é que os anestesistas estão parando porque o governo não cumpriu com o que prometeu. E quem vai intermediar isso é o Ministério Público”.
Alese
No ofício, assinado pelo governador, consta a declaração que “é fato muito conhecido que os médicos em Sergipe concentram suas atividades laborais na capital, seja pelo fato de o mercado de trabalho ter melhores condições e ser mais especializado, seja pelo hábito cultural relacionado ao acesso a bens e serviços mais sofisticados. Não fazem parte dos anseios profissionais fixar residência e atuar no interior, porque trabalhar na capital está relacionado ao reconhecimento do sucesso profissional”.
“Outro tema a ser enfrentado é a atitude dos profissionais de saúde em geral, e dos médicos em particular, cujas práticas guardam um grau de degradação dos valores éticos e falta de compromisso com o cuidado aos pacientes, configurando uma prática médica degradada, que atua, por um lado, com um paradigma científico defasado e, por outro, como uma prática técnica e ética não comprometida com o cuidado do paciente”, completa o governador na nota.
Por fim, Marcelo Déda ainda cita que “a maior parte dos profissionais médicos é formada em nossas escolas sob a égide do trabalho médico liberal, num paradoxo enorme em relação aos cenários de ensino, a maioria deles realizada em serviços públicos do SUS. Boa parte dos docentes e estudantes conhece parcialmente a rede de serviços pública, pois sua formação está concentrada no hospital universitário, que nem sempre tem uma integração efetiva com o SUS”.
Venâncio lamentou o teor do ofício e disse que “fico solidário com a categoria pelas agressões sofridas. Neste ofício encaminhado ao presidente do Conselho Federal de Medicina. Nem a deputada Angélica Guimarães (PSC), que é médica, deve ter acreditado nisto. Foi o maior desrespeito com a classe médica de Sergipe, que vive no dia a dia para salvar vidas. E, para encobrir a sua deficiência na área da Saúde, o governo do Estado foi muito infeliz com este ofício. E ainda vem a secretária de Saúde, Mônica Sampaio, e diz que o governador assinou sem ler. Aí ficou ainda pior. Assinar um documento sem ler! É inacreditável! Vem agora uma nota pedindo desculpa que é de fazer pena”.
Em seguida, Venâncio Fonseca leu em plenário um trecho da nota do presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Sergipe (Cremese), Dr. Henrique Batista e Silva, avaliando que o ofício do governador “agride gratuita e espontaneamente, mais uma vez, os profissionais de saúde em geral e em particular os médicos quando numa generalização absurda e injusta”. Na nota, Henrique Batista colocou ainda que “com certeza, criadas tais condições pelo Governo, não faltarão profissionais, inclusive oriundos de outros Estados. Inaceitável é, na justificativa de um projeto, a agressão generalizada à classe médica e sua instituição formadora, que mantém a saúde do Estado – as quais não podem ser responsabilizadas pelo caos administrativo vigente”.
Venâncio ainda destacou o artigo “Governador Déda e a UFS versus os médicos de Sergipe”, no site do Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed/SE), de autoria da médica e da presidente do Círculo Brasileiro de Psicanálise, Déborah Pimentel, que ensina Medicina Legal e Ética Médica no Departamento de Medicina da UFS.
“O plano de cargos e salários a categoria esperou até agora. Já estamos no final do governo e até agora nada. Assim como aquele projeto da gestão democrática. Imagine se agora, nestes dois meses de campanha, se este projeto não chega. É uma falta de respeito com a categoria e a oposição fica solidária. Sergipe mudou sim, mas para pior. O médico que ler isso é para ficar chocado. O retrato da Saúde em Sergipe foi aquela cidadã que se acorrentou na porta de um posto para ser atendida”, completou.
Em aparte, o deputado Augusto Bezerra disse que “fico solidário ao pronunciamento e a Saúde de Sergipe é um caso de polícia. Primeiro a secretária disse que ele não tinha assinado e depois disse que assinou sem ler. A verdade é que os anestesistas estão parando porque o governo não cumpriu com o que prometeu. E quem vai intermediar isso é o Ministério Público”.
Alese
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