"Sem medo da verdade."

domingo, 15 de agosto de 2010

ESTA PRESO JOVEM QUE MATOU HOMOSSEXUAL EM PORTO DA FOLHA

Está preso na Delegacia de Porto da Folha, sertão do estado, o jovem Carlos Henrique Oliveira Santos, 22 anos, que confessou ter assassinado o colega João Paulo de Santana, 23, que era homossexual, com uma facada no pescoço. O crime aconteceu em 3 de agosto deste ano, após uma discussão entre os dois. O acusado passou nove dias escondido em um matagal próximo ao local do crime e em casas de parentes, tendo passado pelo Loteamento Parque dos Faróis, em Nossa Senhora do Socorro. Ele se entregou na manhã desta quinta-feira, depois que a mãe dele negociou sua rendição à polícia.Carlos Henrique afirmou em depoimento que está arrependido do que fez e que se sentiu ameaçado e perseguido por familiares de João Paulo, que supostamente queriam se vingar do assassinato. "Ele mesmo confessou que se sentiria mais seguro se ficasse preso", disse o delegado Antônio Wellington Brito Júnior, que ouviu o acusado durante a tarde e já pediu a prisão preventiva dele ao juízo da Comarca de Porto da Folha, que decretou apenas a prisão temporária de cinco dias. O argumento do pedido, segundo Wellington, é de que, além de preservar a segurança do acusado, a manutenção da prisão vai ajudar a esclarecer o motivo do crime.De acordo com o delegado, Carlos disse que não matou João Paulo por causa de uma dívida de R$ 35, mas sim porque ele quis obrigar o acusado a fazer sexo com ele. Os dois moravam juntos e acompanhados por seus respectivos namorados em uma casa na sede do município. "O Henrique passou na casa da vítima para pegar alguns pertences e viajar para Aracaju. Ele alega que se deparou com João Paulo e este queria forçá-lo a manter relações sexuais. Como o rapaz não quis, os dois começaram a discutir e entraram em luta corporal. Foi quando Carlos tomou a faca que a vítima levava consigo e acabou atingindo o pescoço do rapaz", relata Wellington, que duvida desta versão apresentada pelo acusado e acredita que o crime esteja mesmo relacionado com a dívida contraída por um dos envolvidos.Antônio Wellington afirma que vai concluir o inquérito nos próximos dias e quer que a prisão de Carlos Henrique seja prorrogada por, pelo menos, mais 10 dias. Segundo ele, o tempo é necessário para ouvir mais testemunhas e cruzar novas informações com o depoimento do preso. O delegado dá como certo o indiciamento do réu por homicídio consumado. "Resta saber se o crime foi praticado por legítima defesa, o que incorreria em homicídio simples, ou por motivo fútil, no caso da dívida de R$ 35, o que definiria o crime como homicídio qualificado. Só vamos saber após concluirmos esta fase das investigações", esclarece.

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