Uma das práticas mais nocivas e condenadas no mundo político são o Clientelismo e o Fisiologismo,
isto é, a compra e venda de apoio político em troca da violação dos
princípios éticos e morais do cidadão. É comum vermos esse tipo de
corrupção em todos os níveis de governo e principalmente no norte e
nordeste do país, e para tentar ludibriar a falha de raciocínio do
eleitor ainda o político clientelista e fisiologista sai dizendo em bom
tom : “ A política é dinâmica “ . E para completar, o cidadão carente e
sem educação adequada comercializa sua dignidade e cidadania por
mercadorias e favores. Pior que o corrompido, muitas vezes apedeuta e na
falência social, são os corruptores que apoiados na força política e no
poder, corrompem a dignidade humana com o dinheiro público e programas
sociais, como a cesta básica e bolsa família municipal que são moedas
de troca nesses cambalachos e arrumações políticas.
Mas, o que são Clientelismo e Fisiologismo na prática política ?
O clientelismo
está diretamente ligado à corrupção, demagogia, compra de votos,
enriquecimento ilícito, lobismo, falsidade ideológica, favoritismo,
tráfico de influência, propaganda enganosa, inversão de valores,
imoralidade, desonestidade, uso da máquina pública para fins
eleitoreiros, perseguição política etc. adjetivos qualificativos amorais
que muitas vezes enfeitam os currículos sujos e condenados de políticos
desonestos que usam do suborno e falcatruas para se promoverem e
elegerem.
O fisiologismo
são práticas políticas visando ao interesse próprio ou de grupos
suspeitos. Evidenciam o fisiologismo: o nepotismo, licitações ilícitas,
nomeações fantasmas, superfaturamento, troca de favores, falsidade
ideológica, caixa 2, sonegação de impostos, mensalões, eleições
fraudulentas, etc, comportamentos individuais e atitudes pessoais com
abuso de autoridade que denigrem à administração dos bens públicos e
sociais.
Às
vezes é difícil distinguir o que é clientelismo e fisiologismo. A linha
diferencial dessas modalidades se confunde prejudicando o juízo e
aplicação da lei. Nas práticas ilícitas o ato quase sempre é pessoal ou
de grupo, na formação de conluio e quadrilha. Qualquer cidadão com
provas reais pode denunciar esses crimes ao Ministério Público.
São comuns (mas não deveria ser) os acordos de distribuições de cargos e outros favorecimentos, entre os poderes Executivos e Legislativos, seja em que esfera for o executivo, tenta obter a maioria (ou total) do efetivo do legislativo, para poder assim ter seus atos, decretos e feitos aprovados. O legislativo por sua vez, redistribui os favores obtidos (OBRAS, VAGAS, CARGOS Etc.)
entre seus apoiadores de campanha, lideranças e outros colaboradores. E
aí, toda vez que no transcorrer dos mandatos, o primeiro (EXECUTIVO) deixa de cumprir o acordo ou parte dele. O segundo (LEGISLATIVO)
tomado (quase sempre) por revolta, busca então entre seus pares motivos
para a implementação de medidas ameaçadoras e muitas das vezes até
chantageadoras contra o outro, implantando as chamadas comissões de
apurações de supostos envolvimentos ilícitos do executivo em contratos entre este e fornecedores, prestadores de serviços e outros.
Desta forma, pensam os "digníssimos defensores da ética, moral e bons costumes" que o suposto "infrator",
ao sentir ameaçado o seu mandato. Correndo o risco do impedimento e
cassação, volta atrás e a festa continua, com todos vivendo e convivendo
felizes e contemplados. Enquanto que o povo, o
único que deveria por fato e direito, ser o maior beneficiado em suas
necessidades, por aqueles que eles levaram ao poder na esperança de
melhorias e benfeitorias em seu país, seu estado ou município, assiste
de suas ruas esburacadas, precárias do mínimo essencial, saneamento,
água, asfalto e coleta de lixo. Ir junto com a lama e esgotos a céu
aberto em direção aos rios e açudes poluídos, levando junto em sua
enxurrada, a precariedade da saúde, do transporte, da habitação da
educação e tantos outros itens necessários a uma vida decente e
civilizada.
POR HÉLIO DUTRA
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