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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

SENADOR ANTÔNIO CARLOS VALADARES É CONVIDADO PARA O MINISTÉRIO DO TURISMO

O PSB recebeu a informação da equipe de transição de que o senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) será ministro do Turismo numa composição conjunta para abrir uma vaga no Senado para o presidente do PT, José Eduardo Dutra. Os empecilhos que haviam — resistências do partido e do próprio parlamentar — foram superados, segundo um dirigente socialista.
O sinal da equipe de transição veio junto da confirmação de que o partido também indicará o ministro de Integração Nacional, como antecipou o Correio no domingo. A expectativa é de que a definição ocorra em uma reunião entre a presidente eleita, Dilma Rousseff, e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, a ser realizada até o começo da próxima semana. Os socialistas ainda mantêm a expectativa de que continuarão no comando da Secretaria de Portos, sem abrigar a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Infraero. A avaliação de integrantes do partido é de que o órgão específico do setor aéreo será uma estrutura independente.
A indicação de Valadares agrada também a uma parte específica do PT. Sem espaço no governo da presidente eleita, Dilma Rousseff, José Eduardo Dutra voltará ao Senado com a possibilidade de se tornar líder do governo na Casa. E não só isso: manterá também o cargo de dirigente petista. Dutra é primeiro suplente de Valadares.
O senador por Sergipe sempre viu com bons olhos a indicação ao ministério, mas, para tentar cacifar sua indicação, disse não na primeira sondagem. O argumento usado era de que ele seria uma espécie de “rainha da Inglaterra”, sem poder de decisão e engessado pelas indicações do PT. Foi uma maneira também de o partido pressionar a equipe de transição para não perder o comando de Portos. Integrantes da equipe de transição, no entanto, não dão como certa a manutenção dessa pasta com o PSB.
O Ministério do Turismo é disputado na Esplanada graças ao alto nível de execução de emendas parlamentares. Apesar de sua reserva de investimento ser pequena, cerca de R$ 256 milhões para 2011, o volume de emendas supera o das pastas de Educação e Saúde. Neste ano, R$ 1,7 bilhão foi apresentado por deputados e senadores. O cargo era cobiçado por aliados do governador da Bahia, Jaques Wagner.
Correio Braziliense

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