Os presidentes das Associações dos Municípios da Região Centro Sul de Sergipe (Amurces), dos Municípios da Barra do Cotinguiba e do Vale do Japaratuba (Ambarco) e da Federação dos Municípios de Sergipe (Fames), Antônio da Fonseca Dórea (PSB), Gilson dos Anjos (DEM) e Ricardo Roriz (PT), respectivamente, estiveram reunidos na manhã de hoje (28), em uma Assembleia Extraordinária, realizada no Centro Cultural do município de Nossa Senhora do Socorro, quando ficou definido, por 19 a 8 prefeitos presentes no momento da votação, pela criação de uma nova Federação e extinção da Fames.
No final do encontro, que contou com as presenças de mais de 30 prefeitos sergipanos, os gestores constituíram uma comissão formada por Gilson dos Anjos, Antônio Dorea, Fábio Henrique (Nossa Senhora do Socorro), Anderson Fontes (Umbaúba) e Frei Enoque (Poço Redondo) que vai elaborar o estatuto da nova Federação e, conseqüentemente, definir a data de um novo encontro entre os prefeitos quando será eleita toda a direção da Federação que será criada. Sobre a recriação da extinta Associação dos Municípios do Baixo e Vale do São Francisco. Ficou definido que os prefeitos da região é que decidirão pelo futuro da entidade.
O encontro foi marcado por muitas polêmicas entre os prefeitos, em especial, com o prefeito Ricardo Roriz que, após a decisão pela extinção da Fames, se colocou extremamente contrário, enfatizando que só quem poderia extinguir a Federação por ele criada era os prefeitos associados que, segundo ele, a legitimaram por unanimidade. “Não se pode decidir isso nesta reunião, porque ninguém da Fames, que fazia parte da Ambevsf e hoje é da federação, foi convidado. Temos 35 associados e 27 pagantes. Eles que têm que decidir se acaba ou não com a Fames”.
Os prefeitos de Laranjeiras, Ilha das Flores Propriá e Estância defenderam Ricardo Roriz pela iniciativa de criar a Federação dos Municípios. Por sua vez, os prefeitos de Umbaúba, Anderson Fontes (PT), e de Macambira, Ricardo Souza (PDT), marcaram posição a favor da Federação, mas enfatizaram o desejo de elegerem seus representantes na entidade. “Eu quero ter o direito de eleger meu presidente. Quero indicar alguém que comande a Federação, garantindo a legitimidade do processo. Não sou contra a criação da Federação, mas contra a forma como se deu. Fiquei sabendo da criação pela imprensa”, disse Anderson. Já o prefeito Ricardo, disse que “eu também quero ter o direito de votar. Fiquei sabendo da Fames quando encontrei o prefeito Ricardo Roriz, na Marcha em Brasília”.
Ao término da sessão, Gilson dos Anjos avaliou que “nós não concordamos como foi criada a Federação e decidirmos reunir os prefeitos para discutir a criação de uma entidade que realmente atendesse aos interesses de todos os municípios sergipanos. O prefeito Ricardo Roriz não aceitou, mas nós vivemos em um regime democrático onde a maioria vence e quem perde acompanha, respeita a decisão. No momento da decisão, 19 prefeitos decidiram pela extinção da Fames e pela elaboração de toda uma nova Federação, com estatuto e eleição democrática para a sua diretoria. Ninguém aqui quer ser beneficiar politicamente. Não existe uma obra nos nossos municípios que foi realizada porque nós presidimos as associações”, explicou.
Já Antônio Dórea, o popular “Toinho de Dorinha”, disse que “toda Federação de Municípios tem que nascer do debate político. A Fames apresentou uma série de irregularidades na sua fundação, inclusive sem a falta de discussão para a aprovação do seu estatuto. Com tantos anos de movimento sindical eu nunca vi isso. Vi apenas durante o regime da ditadura. Hoje nós decidirmos, com a participação de vários prefeitos, pela criação de uma Federação de interesse de todos os gestores. Será elaborado um estatuto por uma comissão que o colocará para a apreciação dos demais em breve. Quando aprovado, nós vamos eleger a nova diretoria da Federação. Tudo de uma forma transparente e democrática”.
Da Assessoria de Imprensa
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