O filho que rouba o dinheiro da mãe guardado para o remédio dos
irmãos mais novos; o rapaz que vende os objetos da mãe para conseguir a
sua droga está doente. Não é apenas questão moral: tornou-se mental.
Funcionário público, o juiz, o político, prefeito, deputado, senador,
enfim homens públicos, mulheres a serviço do país, cidadãos que diante
do dinheiro que lhes passa pela mão não resistem e roubam estão
gravemente enfermos.
É mais do que problema moral, vergonha na cara: é questão de
tratamento com psiquiatra. Ninguém pode ser assim tão imoral. Sabe que
rouba, sabe do mal que o roubo causará, entende o que sua corrupção e
seus desvios vão causar a milhões de cidadãos, sabem das escolas,
creches, asilos, orfanatos, hospitais, estradas que deixarão de ser
construídas, e mesmo assim desviam milhões para si e para seu partido.
Com o dinheiro que tiram do povo e mandam para o exterior ou puxa
para sua família cometem ato de traição e lesa-pátria. Em outras nações
são decapitados ou cometem suicídio. No Brasil recorrem dez vezes e
passam anos em liberdade. Há casos em que o prazo expira… Não sentem
remorso nem devolvem.
Quem chega a esse ponto chegou a uma das piores formas de loucura,
porque se convence que tem direito ao dinheiro que não é seu.
Descoberto, nega-se a revelar onde o colocou, porque continua achando
que aquele dinheiro é seu. É o ladrão que se nomeia proprietário. Por
isso e por outras razões todo juiz deveria sentenciar alguém pego em
corrupção e desvio de verba a um tratamento psiquiátrico. Talvez o
psiquiatra conseguisse abrir uma brecha naquele cérebro
irremediavelmente fechado para a moral e para a justiça. Por mais
inteligente que seja um cidadão, se rouba e não se arrepende nem devolve
ou quando chega a ponto e roubar a própria mãe e o próprio país, está
perto da loucura. O verbo possuir enlouquece. O toxicômano é vitima dos
tóxicos, o alcoólatra vitima do álcool e o corrupto vitima da riqueza.
Dinheiro nele tem efeito semelhante à garrafa de pinga ao alcance do
alcoólatra; basta o cheiro para ele perder o controle. No caso do
corrupto, basta a chance de desviar algum dinheiro para ele perder o
controle, esquecer que já foi condenado. Torna a roubar.
É doença. Oremos por esses grandes enfermos nos quais o povo votou!
Oremos pelos pequenos enfermos, porque tudo começa com dez reais ou com
a pequena propina. Eduque seu filho para entender que até a moeda de
dez centavos que é do outro deve ser devolvida. Se ele chegar ao poder
ou perto do governo talvez se lembre que os milhões que passam por sua
mão não são nem do seu partido nem da sua família…
POR PADRE ZEZINHO
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