... “Seu Doutor, uma esmola
para o homem que é são
ou lhe mata de vergonha
ou vicia o cidadão”...
( Luis Gonzaga – Zé Dantas )
A
política assistencialista, parte do princípio de se tirar proveito da
miséria alheia e desta forma pousar-se como herói incontestável. É
quando o político ciente da condição precária ou da má qualidade de
vida do cidadão, lhe oferece um alívio momentâneo que refresque por
tempo limitado a situação deplorável em que vive este determinado
cidadão.
A
fome por exemplo, só quem passou por ela é capaz de saber sua real
crueza, sua verdadeira voracidade, e quando aparece alguém ofertando um
prato de comida, o faminto tem por este alguém, uma infinita e leal
gratidão.
É
a vida de gado de um povo que mesmo marcado ainda consegue esboçar
sinais de felicidade. A política assistencialista é formada por
políticos muitas vezes inescrupulosos que se escondem por trás de uma
suposta boa ação para desta forma tirar proveito próprio.
É
saber jogar sujo, e aos olhos das vítimas parecer limpo, é aprontar e
ser respeitado ou defendido pelo povo. Não importando suas ações, o
político que pratica o assistencialismo está isento de críticas pois se
encontra protegido pelo escudo blindado do rouba mas faz.
É
na ausência de dignidade social que se prolifera o assistencialismo, é
na condição desconfortável do pobre que o político lhe rouba a
consciência, é em sua saúde frágil, na escassez de seu dinheiro que o
pobre sente pelo político uma enorme gratidão e quando não, uma paixão
idolatrada.
A
política assistencialista está longe de ser uma política socialista, a
primeira é ilusória, enganadora, parece boa mas é egoísta, pois serve
especialmente para promover políticos onde estes perpetuam-se no poder,
a política assistencialista não combate a miséria não lhe é
interessante este combate. A política socialista, prima pela melhor
distribuição de renda, visa oportunidades onde o pobre possa ser capaz
de suprir suas necessidades com condições básicas de dignidade.
Não
é interessante o fim da miséria para o político assistencialista, pois
a miséria do cidadão condiciona o político permanecer no poder como
cordeirinhos quando na verdade são lobos devoradores.
Se
não houver meios de se fazer uma política limpa, onde os princípios de
dignidade seja para todos os cidadãos viveremos presos às vontades das
classes dominantes que não se mobilizam para o fim da miséria
instalada neste país e também nesta América.
É
preciso livrar-nos desta pratica e termos a consciência de que o
assistencialismo como promoção eleitoreira é um terrível tumor que deve
ser arrancado das entranhas da política e da consciência do
eleitorado.
É
no entanto dar ao homem, não unicamente o peixe, mas proporcionar
condições para que este mesmo homem pesque com autonomia, sem
subordinação. A política justa, parte do princípio onde as pessoas não
tenham que viver de esmolas, mas que tenham condições auto-suficientes
para suprir o mínimo de suas necessidades.
Abaixo
a política assistencialista com sua hipocrisia podre e egoísta,
política insana que sobrevive da famigerada miséria de seu povo!
POR CIDO MORINGUEIRA
Um comentário:
Concordo em gênero, número e grau.
Por isso, acho que o Brasil N U N C A vai ter jeito.
Acompanhe o raciocínio. Para acabar com as esmolas, é preciso votar em gente decente.
Pergunta nº 1 TEM gente decente??!!
Pergunta n° 2 SE tiver gente decente, quem recebe esmolas VAI VOTAR na gente decente e perder a "boquinha"??!!
Pano rápido...
Postar um comentário