A Polícia Civil de Sergipe apresentou na manhã desta quinta-feira, dia 19, seis pessoas acusadas de envolvimento no latrocínio que vitimou o professor Luzivaldo Fernandes dos Santos, 49 anos, ocorrido na noite da terça-feira, dia 10, em uma pousada localizada no bairro Atalaia, em Aracaju. De acordo com a polícia, os garotos de programa João Gabriel Silva dos Santos, 24 anos, e Denison da Conceição Firmino, 19 anos, conhecido como “Deninho”, são os autores do latrocínio.
A informação é que a vítima ligou para Gabriel e combinou um programa para a noite do dia 10. O professor pediu, então, que Gabriel contratasse outro rapaz por R$ 50,00 para fazerem um programa a três. Com o valor acertado, o professor foi de carro até a casa de Gabriel, localizada em uma vila na avenida Rio da Janeiro para se encontrar com os dois rapazes e de lá irem para uma pousada da zona sul. “O que o professor Luzivaldo não sabia era que Deninho era um homem muito ambicioso. Ao ser convidado por Gabriel para o programa, ele já havia premeditado o crime, pois colocou dentro de uma bolsa fios de telefone, pano e cola de sapateiro capaz de deixar uma pessoa inconsciente”, explicou o diretor do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), Everton dos Santos. Após o programa, houve por parte dos acusados a exigência de mais dinheiro que não foi atendida pela vítima. O professor que estava nú foi dominado pela dupla e depois foi obrigado a aspirar um pano umedecido com cola, deixando-o totalmente inconsciente. “Quando a vítima desmaiou, os dois pegaram os fios de telefone e amararam as pernas e os braços e depois o jogaram dentro da mala do veículo”, explicou o delegado da 4ª DM, Jeferson Pires. Deninho deixou Gabriel em sua casa e partiu para a cidade de Riachuelo, onde sozinho retirou o corpo da mala e o jogou em uma ribanceira. “Não há marcas de tiro no corpo da vítima e nem de cortes no seu órgão genital. Haviam sim hematomas provocados durante o transporte e no momento em que o corpo foi jogado na ribanceira”, explicou Alvarenga. Segundo a polícia, as outras quatro pessoas presas não têm participação no latrocínio. Eles cometeram o crime de receptação, pois foram flagrados com acessórios e equipamentos de som do veículo do professor. Foram presos: o taxista Agmélio Santos, conhecido como “Helinho”, Geovani de Paes Souza, o “Geo”, Fábio Barbosa Santos, vulgo “Binho” e Valtenir da Silva, que atende por “Mago”. Um sétimo envolvido foi detido e solto por não ter consumado o crime de receptação. Há ainda um oitavo envolvido que se encontra foragido.
Depois de populares passarem a informação, através do Disque-Denúncia, que o carro do professor estava circulando na cidade de Riachuelo, a polícia chegou a Deninho que achava que não seria identificado mesmo que o corpo fosse encontrado porque a vítima foi abandonada sem nenhum tipo de identificação. “Ele só abandonou o carro no povoado Rio das Pedras, em Itabaiana, depois que o corpo do professor foi encontrado e o caso ganhou repercussão em todo Estado”, declarou Everton, explicando que o veículo estava sem os pneus, tapete e o aparelho de som.
A partir da prisão de Deninho, a polícia chegou ao Gabriel e os outros acusados. Parte do material levado do carro do professor foi recuperado. Além do DHPP, também participaram das investigações e prisões policiais da Coordenadoria de Polícia da Capital (Copcal), Polícia Interestadual (Polinter), 4ª Delegacia Metropolitana e Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol).
SSP/SE
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