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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Capitão Samuel rebate ofensas dos deputados Francisco Gualberto e Ana Lúcia aos militares sergipanos

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa aprovou na manhã desta quinta-feira, 26, projeto de lei de iniciativa do Governo do Estado, que estabelece os percentuais de reajuste dos salários do funcionamento público do Estado.
A grande polêmica aconteceu porque, além dos 5,7% de aumento linear aos servidores, os delegados de polícia são contemplados também com um reajuste especial no patamar de 5%, sem contar com o acordo feito entre delegados e o governo que incorporou aos salários a gratificação de 40% nos salários dos delegados. Representantes da Polícia Militar e da Polícia Civil do Estado de Sergipe estavam presentes na sala de comissões assim como policiais militares que acompanhavam a aprovação dos projetos.
O deputado estadual Capitão Samuel (PSL), se manifestou durante a votação do tal projeto para colocar o seu posicionamento em relação ao distanciamento que este reajuste dado aos delegados causa novamente entre as categorias, Polícia Militar e Polícia Civil e enfatizou que o governo piora a situação quando aumenta a distância entre as categorias. “Este governo teve uma postura de aproximar as categorias quando depois de uma grande luta dos policiais e bombeiros militares concedeu o aumento e diminuiu a distância entre os salários da PM e da PC, agora com aprovação deste projeto as coisas começam a andar no sentido contrário novamente, distanciando as categorias”, afirmou o deputado.
Após a participação do deputado capitão Samuel, a deputada estadual Ana Lúcia (PT), colocou o seu posicionamento em relação ao seu voto dizendo que estava confiando no governo no sentido de que os avanços não parariam por ali, porém, a deputada do PT, não se agradou com a interferência de um militar que protestou na platéia. A deputada não se conteve e chamou os policiais militares de mal-educados e que não admitiria um posicionamento deles na sua fala, além de chamar a atenção do deputado Capitão Samuel para o regimento da Casa que não aceita o pronunciamento do povo numa sessão com aquela. A deputada também disse que era uma incitação aquele tipo de manifestação e que quem estava ali era uma tropa armada. “Eu não admito você ai sentado ao lado do Comandante (se referindo ao ex-comandante da Polícia Militar, Cel. Péricles) que por sinal foi meu aluno, esse tipo de manifestação, vocês mais do que ninguém deveriam respeitar a disciplina, pois são militares. É uma falta de respeito, uma falta de educação esse tipo de manifestação, eu quero ter a minha fala garantida”, disse Ana Lúcia.
O posicionamento da deputada provocou no deputado Capitão Samuel um sentimento de indignação que interferiu a sua fala e protestou mais uma vez dizendo que a sua categoria tinha sido agredida pela deputada. “A categoria foi agredida pela senhora, eu não posso calar, os militares não são mal-educados e não têm a obrigação de saberem do regimento interno desta Casa, nunca desrespeitei a sua categoria e nunca desrespeitamos nenhuma autoridade em nosso movimento”, desabafou o capitão.
O deputado e líder do governo, Francisco Gualberto (PT), se exaltou com a discussão e em tom elevado se dirigiu ao deputado Samuel Barreto afirmando que ele não era um militar e sim um deputado. Francisco disse ainda que a manifestação dos militares naquele recinto era um golpe de Estado. “Deputado, eu não sou um sargento que está diante de um capitão, eu sou um deputado”, concluiu Gualberto.
O Capitão Samuel respondeu o líder do governo da mesma forma e afirmou que quem estava ali também era um deputado. “Gualberto quem está aqui também é um deputado que por sinal teve muito mais voto do que você”, retrucou Samuel Barreto.
A polêmica tomou conta de todo o ambiente provocando nos deputados manifestações diversas. Por conta dessa problemática os deputados inscritos não falaram na tribuna apenas o líder do governo, Francisco Gualberto (PT) e o líder de oposição, Venâncio Fonseca (DEM).
Policiais militares presentes na sala de comissões da ALESE, em protesto a deputada Ana Lúcia e ao deputado Francisco Gualberto se retiraram do local, todos calados em respeito ao regimento daquele órgão. O militar que se manifestou na fala da deputada Ana Lúcia fez apenas uma participação com uma citação verbal. A indignação e o protesto maior ficou por conta do presidente do SINPOL – Sindicato da Polícia Civil, Antônio Moraes. Vale ressaltar que os profissionais de Segurança Pública do Estado, antes de serem militares são cidadãos e merecem respeito. A categoria está sendo mais uma vez discriminada pelo governo do Estado que até então sequer recebeu a classe para um diálogo.
Fonte: Assessoria Parlamentar

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